Dexter 7x12: 'Surprise, Motherfucker!' (Season Finale)

19.12.12

The Oscar Goes To... Jennifer Carpenter.


A sétima temporada se despende em um balanço geral positivo iniciando o infelizmente fim da série. Confesso não ter assistido a uma temporada que tivesse me decepcionado e por isso tenho Dexter como uma de minhas séries favoritas. Assim como em seus anos anteriores, tramas foram solucionadas em clima de mistério onde o diferencial desta vez foi o avanço previsível da trama principal. Não, esta de longe não foi a melhor season finale do show, mas teve um grande destaque indiscutível: Jennifer Carpenter.

Um ano se fecha sem deixar muitos ganchos soltos para a temporada seguinte. Desta vez inevitavelmente tudo o que sabemos que nos espera em nove meses é o início da última temporada de um dos shows mais competentes da tv americana. Diante deste episódio que me decepcionou em grande parte, resta aguardar e torcer para não me decepcionar com o que os produtores nos reservam para o encerramento desta história.

A originalidade e a criatividade de toda a equipe nos apresenta um herói e um antagonista unificados em um só. Dexter de fato evoluiu a cada ano e neste episódio em particular deixou nítido o quanto seus desejos falam mais alto e que basicamente seu lema não é justiça. Vejo mais como necessidade. O personagem se tornou obscuro e diferente da imagem construída a sete anos atrás. Agora vemos um mestre que tem como missão treinar sua bela donzela irmã.

Debra que diluiu o comportamento de seu irmão ao tempo em que lidou com seus sentimentos não correspondidos, encontrou a fundo um sentimento que vai além do amor. A coragem de assassinar LaGuerta não mostra sua tentativa de salvar o irmão ou a sí própria visto que a capitã possuía provas que a pudessem encriminá-la, mas sim mostra o mesmo mal de Dexter que brotou de vez em seu coração. A personagem nega o sangue derramado, porém mesmo involuntariamente desfruta de tal herança familiar. 

Durante todo o desenvolvimento do episódio acompanhamos flashbacks que mostravam momentos anteriores a primeira temporada. Sinto de verdade falta do Doakes e seu triste fim foi sem dúvida além de irônico, em certo ponto revoltante. Porém, não acredito ter sido inteligente utilizar dessa idéia em uma season finale onde poderiam ter aproveitado o tempo nos apresentando um pouco mais do andamento das investigações de LaGuerta, por exemplo.

Por outro lado minha teoria foi até que se prove o contrário concretizada. Hannah, interpretada brilhantemente pela nossa linda Yvonne Strahovski, deve de fato retornar no próximo ano como uma das tramas paralelas da temporada final. Talvez até para brincar com o público quanto ao final amoroso de Dexter. Gostei da forma como dissolveram a personagem e de verdade acredito exister características que liguem ambos um ao outro. Claro que parte desta minha tese é devido ao meu descontentamento de um relacionamento oficial entre os irmãos.

Quanto aos demais personagens me preocupado mais ainda onde o roteiro promete chegar. Não aprovo a aposentadoria de Angel da Policia de Miami e isso me cheira a péssimas idéias. A provável pegação entre Quinn e a irmã de Angel só deve gerar atritos entre os dois amigos e carregar pela gola um dos personagens menos interessantes da série. Para balancear, quem deve retornar de vez em grande estilo é Matthew, como parte importante no encerramento da mitologia Dexter.

Não torço por um final clichê, muito menos para o fim escrito nos livros de Lindsay. Quero poder me chocar e presenciar ainda mais a brilhante atuação de Jennifer Carpenter que por mais uma vez conseguiu me anestesiar de emoção. Seu medo, desespero e seu arrependimento misturado com a sede de matar arrancaram arrepios de meus braços ao ouvir aquele fatídico disparo. Em um episódio irregular até então como este em pleno encerramento da temporada, nada melhor do que se surpreender e se banhar de uma brilhante atuação de uma das melhoras personagens da tv.

Observações Finais:


1. Yvonne foi incrível ao protagonizar seu "piripaque".
2. Confesso ter esperado LaGuerta para a próxima temporada ainda, mas foi divertido vê-la se prendendo em sua própria cama de gato, mesmo que previsível.
3. A cena final muda e expressiva ao tom de Jennifer e Michael foi simplesmente incrível. Um show de direção e atuação.
4. Preciso elogiar mais uma vez minha linda Debra. A personagem cresceu grandiosamente nesta temporada. Vê-la abraçando LaGuerta depois de assassiná-la foi genial. Idéia de Carpenter por sinal.
5. Finalizo aqui agradecendo a todos que me acompanharam por esta temporada. Dexter é um de meus show favoritos, o personagem é o meu favorito e tem sido um prazer resenhar.
6. @cavalcanteartur

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2 comentários

  1. Um Emmy para Jennifer Carpenter, por favor!

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  2. bandalethal@hotmail.comterça-feira, 25 dezembro, 2012

    Amo quem ama Dexter, sem mais!!!

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