The Mentalist 5x10: Panama Red

12.12.12




Quebra-cabeças diversos e maconha pra ajudar – ou não.


Como não poderia deixar de ser, The Mentalist segue na linha “um crime por semana” e a trama central vai sendo tecida devagar, até que venha outro episódio focado no embate Patrick x Red John. Em Panama Red, que não se passou no Panamá, o corpo de Jeremy Reese é encontrado logo no início. O rapaz havia sido vítima de um então aparentemente brutal assassinato. Só Lisbon e Cho estão na cena do crime – saudades de Van Pelt em campo! – e quando Jane é contatado, está mais uma vez estudando seu caderninho de nomes para tentar descobrir a identidade de RJ.

A investigação da vez talvez não tivesse interessado em nada o consultor, mas as características de Jeremy fizeram a diferença. Interessado em quebra-cabeças, tinha o apartamento organizado de forma intrigante e Patrick logo se motivou a desvendar as charadas. Descobrindo que a vítima era um órfão (já depois de adulto) que nutria relação maternal com uma professora e que trabalhava para empresas que desenvolviam maconha para uso medicinal, a equipe da CBI logo tinha um rol curioso de suspeitos. Não demorou para vir à tona que Jeremy estava desenvolvendo uma droga que renderia uma boa grana no mercado negro e que lhe garantia um lugar de prestígio na empresa para a qual estava trabalhando. É claro que para chegar até a tal companhia rolou a sagacidade e ~trollagem~ típica de Jane. Apesar de não estar tão afiado nas gracinhas, nem ter aprontado tanto com os envolvidos, o consultor fez algumas das palhaçadas esperadas.

Mesmo com a resolução do caso sendo a preocupação principal, Cho e Rigsby roubaram a cena no episódio. Kimball, porque viveu um momento semelhante àquele que as pessoas falam por aí: quando se está sozinho, ninguém o nota. Quando rola um compromisso, surge gente até do inferno te querendo. Bem, o coreano ainda não está pegando a agente Wade, mas o climão não pode ser ignorado. Trabalhando à parte na equipe dela, Cho foi chamado a ajudar numa investigação de uma quadrilha que fazia lavagem de dinheiro. Na hora da batida policial, quem ressurgiu? Sim, SUMMER. Não lembra? A antiga informante de Kimball e ex-namorada (?!) com quem o agente teve um affair intenso na temporada anterior. Como shipper maníaca desses dois, esperei que a aparição de Summer com uma puta barriga de gravidez significasse os dois ficando juntos de novo – e Tamsin rodando na história. Mas, ainda não. Por estar na hora e lugar errados, a loira quase entrou numa enrascada e – previsivelmente – Cho deu um jeito de livrar a cara dela, fazendo um acordo com a promotoria. Wade disse que não abriria mão de processar Summer e ficou revoltada e decepcionada ao ver o “amigo” interferir no caso dela. Resumo da história: parece que Cho ficou sem as duas! E os holofotes não foram só garantidos pela crise dele entre as duas mulheres, mas pelo final emocionante do episódio: Summer aparecendo com o marido ricaço (mas bobão) e se despedindo de Kimball. Tim Kang sempre manda bem na arte de fazer Cho mostrar que tem sentimentos sem perder muito da impassibilidade que lhe é característica. Achei a despedida tocante – e espero que não seja definitiva.

Quanto ao Rigsby... já começa que o rapaz estava trabalhado na pegação no pé de Cho desde o começo. Senti (e quem não sentiu?) uma desaprovação dele quanto a Tamsin Wade. Será que os mentalist writters resolveram colocar uma pegada slash na amizade da dupla Chigsby? Seja lá como for, Wayne alfinetou o colega tanto quanto pôde. Mas, seu destaque se deve à participação na resolução do caso Reese.

Patrick, para variar, arranjou um truque para desmascarar o assassino. Assim, inventou uma pessoa com quem Jeremy supostamente estaria fazendo negócios e fez com que todos os suspeitos mordessem a isca. Para que o verdadeiro criminoso viesse à tona, foi preciso dar corpo ao irreal Olivier Gans. Rigsby foi encarregado de interpretar o personagem e, quando Francesca (Nicole Bilderback) chegou ao hotel onde o suposto Olivier estava supostamente hospedado, Wayne se viu obrigado a dar um trago no cigarro de maconha e a trapalhada começou! Já hilário no visual e comportamento que Jane o havia caracterizado, o policial ficou ainda mais engraçado tentando de forma fail encarnar Gans. Quando Matthew Gold (Troy Ruptash), o verdadeiro assassino, também chegou ao hotel, a situação ficou ainda mais épica. Não se sabe como Wayne conseguiu repetir (ainda que se atrapalhando) as falas que Patrick lhe instruiu via escuta. Em vias de botar tudo a perder por estar louco de dorgas, apesar de ter conseguido a confissão de Matthew, o moço foi salvo pela eficiente Teresa. Destaque para ele perguntando – sentado – se podia se sentar e Lisbon, impaciente, respondendo: “você já está sentado, Rigsby”. Isso porque foram só dois tragos no cigarro!

Considero a performance de Owain Yeoman o ponto alto de Panama Red. Ninguém teria ficado tão bem na situação quanto o agente com pose de bom moço. Só faltou Van Pelt na cena, virando os olhos com desdém pra condição de Rigsby. 

O caso foi resolvido, inclusive com um detalhe: Gold havia matado Reese à toa, já que Francesca havia roubado o medicamento verdadeiro. Uma lição de moral sobre o problema da ganância.

E para quebrar o gelo da triste despedida 2.0 de Summer e Kimball, o episódio fechou com uma hilária revelação: Lisbon guarda um martelo na gaveta do escritório. Estará Jane a salvo na próxima TPM da morena?

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