Glee 4x12: Naked

3.2.13


Toda nudez será recompensada.

Desde as primeiras notícias, "Naked" já é o episódio mais esperado da história de Glee, pela promessa de um roteiro muito substancial, denso e cheio de nuances. A expressão corporal nunca esteve em alta e o elenco conseguiu levar essa importante discussão sobre a nudez, literal e psicológica, de forma exemplar. Tamanha ousadia televisiva não poderia resultar em outra coisa, senão numa análise igualmente minuciosa no blog. Portanto, tirem suas roupas e aproveitem a onda de calor, porque a fotossíntese vai começar!

 





Corre à boca miúda (#gíriasidosas) que pessoas nascidas nos meses de abril e maio entraram com processos em massa contra a produção de Glee depois da exibição desse episódio, o que seria perfeitamente compreensível. E já que estamos nessa pegada judicial, vale destacar o início do episódio, com Hunter Clarington (aquele do apito) soltando os bichos na imprensa especializada após o grande escândalo do uso de esteróides nas Sectionals.


Que fique registrado, Hunter não reagiu assim às acusações de trapaça, mas sim à insinuação absurda do repórter sobre ele ser velho demais para um coral de escola. Todo mundo sabe que não se brinca sobre esse tipo de coisa e que no elenco de Glee só tem gente que esbanja jovialidade!


Quem também dá um piti é Reba McEntire, que não se conforma de ter passado de grande estrela do country para projeto de Sônia Abrão americana.


Mas o que importa é que, com os rouxinóis fora de cena, o New Directions está definitivamente de volta ao mundo das competições, mesmo que isso não faça sentido porque eles foram desclassificados e os menonitas é que deviam ter seguido em frente. Como eu sinto que falo isso toda semana, vou relevar pelo simples fato de que, com a desculpa de precisarem pagar o buzão para as Regionais, temos o surgimento desse plot aqui:


Agora lhes pergunto: por que, meu Deus, por que Tina passou tanto tempo calada nessa série se toda vez que abre a boca, é pra dar as melhores ideias de todos os tempos? Sam deu uma sugestão que também arrecadaria bastante, é verdade, mas no fim das contas a sugestão de Tina é um pouco mais adequada para a TV aberta.


E por falar em TV, eis que o programa favorito de dez entre dez fãs de gatos gângsters está de volta: fondue for two, o talk show de gastronomia mais polêmico da atualidade.


No episódio de hoje, distúrbios e vícios estão em pauta, portanto problemas graves como a bulimia inventada de Marley e o preocupante e pouco explorado plot da dívida de jogo de Lord Tubbington voltam a ter destaque.



Com assuntos tão pesados (sem ofensas, Marley) em discussão, já dá pra ver que esse episódio não vai segurar a mão no drama, e o clima de tensão ininterrupta continua quando o diretor Figgins convoca Brittany e Sam para dar a notícia de que um deles recebeu a maior nota já computada nos SATs, enquanto o outro ficou com a pior colocação, com uma nota igual à conseguida em experimentos com macacos.



Brittany pode ser uma das pessoas mais inteligentes da América, como ficou provado em seu exame, onde preencheu A por um tempinho, depois mudou para C, um pouquinho de D e depois usou os pontos para desenhar um palhaço e um pênis, mas definitivamente não é a pessoa certa pra dar apoio depois de más notícias.

Depois de tanta barra de vida, só suavizando um pouco o drama com esse núcleo sempre leve e alegre que é o de Racha Berry em New York. Essa semana, na jornada bipolar de Rachel, temos a história cheia de potencial de um filme estudantil sobre a avó com alzheimer da diretora pedante, que será estrelado por nossa musa e exige uma cena dela com as mamonas de fora. A reação à notícia?


Na cabecinha oca de Rachel, que se acha uma mulher muito segura e decidida porque chamou o namoradinho pra morar com ela depois de três rapidinhas, está tudo certo. É numa conversinha com seu velho eu que ela começa a questionar se está preparada.


Como eu raramente elogio a atuação de Lea Michele e a personagem belissimamente mal construída que é Rachel aqui, aproveito o momento. A cena das "duas Rachels" conversando foi muito bacana, tanto por começar a discussão do que uma cena de nu significa na carreira de uma atriz quanto pela comédia. Mais legal ainda foi a performance de "Torn" (Torneada), da Natália Embrulha, estabelecendo uma batalha entre nova e velha Rachel.


E o melhor: um solo de Lea Michele sem nenhum grito ensurdecedor. Parabéns a todos os envolvidos!

  

De volta a Ohio, é até difícil descrever os acontecimentos com clareza, porque desde a entrada triunfal de Sam na escola até a sequência musical com Hot In Herre / Centerfold (Calor Aqqui / Ensaio de Putaria), é tudo tão surreal e delicioso que seguirei aquele esquema de imagens que valem mais do que mil palavras.

 
 




A mini discussão entre o trio que atualmente é a coisa mais sensacional da série é só o início de um conflito ainda maior. Enquanto os rapazes aproveitam  sua sessão de broga (yoga for bros), Artie não está nada feliz com a nudez imposta e dá o seu aviso.

  
 


Inseguranças de Artie à parte, o que se segue é uma verdadeira lição de vida de Sam, que ensina a seus pupilos todas as dicas possíveis sobre movimentos de strip, depilação, bronzeamento, meias (?) e o que mais possa deixá-los na melhor forma possível para o calendário.


  
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Sam pode até ser o grande protagonista da cena, mas não dá pra não destacar Jacó incrédulo com a suposta necessidade de bronzeá-lo, a véia jogando tinta laranja na cara do público ou Ryder fazendo uma flexão com o pé da véia em suas costas. São muitos os highlights da performance e, na falta de opção mais justa, o jeito é continuar o festival de imagens.

  
  
  

Não bastasse a sequência ser isso tudo, ainda termina com Finn ficando no vácuo? Acho que o único defeito foi não ser mais longa mesmo. Aliás, vamos acompanhar como Finn adoça um café na sala dos professores?



Tenho certeza de que, depois de tanta doçura, vocês vão me perdoar se eu não me aprofundar muito no subplot de Finn e Sue, que é menos pior do que o resto das coisas que ela aprontou desde que decidiu ser uma vilã canastrona de novo, mas que também está longe de ser interessante. Quem quiser ver uma Penthouse com o ensaio de Sue depois de tomar estrogênio pra cavalo, levanta a mão aí!


Ninguém? Foi o que eu pensei.

Quem também arrisca na sedução fora de hora é Brody, desfilando pelo loft de Kurt e Rachel com as partes pudentas de fora para apoiá-la a fazer a cena de nudez.

 
 

Fora a campanha ousada para o cereal Rooster's, o que fica na cena é a impressão de que fomos transportados para um universo paralelo onde Kurt é a voz da razão. Não importa se o traseiro de Brody foi esculpido por Michelangelo como o de Blaine, simplesmente não se coloca uma retaguarda despida em cadeiras vintage do mercado de pulgas – ou qualquer cadeira, diga-se de passagem.




Kurt pode não ter muita razão em seu discurso de como atrizes sérias não fazem nudez, o que combina com a natureza extremista do personagem, mas o modo como Brody expõe seu apoio é tão idiota e a forma como Rachel descarta a opinião do melhor amigo tão ríspida, que não tem como ficar do lado do casal. E quando Kurt cria apelidos tão bons quanto "Slutty Barbie" e "Mysoginist Ken" para os dois, já ganha mais pontos na disputa.

No McKinley, Marley decide que é hora de declarar seu amor eterno para Jake com "A Thousand Years" (Milianos), que ficou muito bonitinha, bem cantada e atuada, mas que traz níveis de açúcar comparáveis apenas à xícara de café de Finn, o que pode causar a diabete de vários espectadores até o fim da temporada.



Pelo menos esse plot do casal que não sabe se diz "eu te amo" ou se compra uma bicicleta depois do primeiro beijo nos leva a esse diálogo naturalíssimo de vestiário, seguido da disputa de fisioculturismo mais gratuita e heterossexual da história.





  
  

Eventualmente, esse momento ridículo resulta numa em que Ryder "libera" Jake de qualquer obrigação do bro code e o incentiva a se declarar para Marley primeiro, pois aparentemente "garotas gostam de um cara que consiga ficar nu emocionalmente". Isso nos leva à segunda declaração musical do dia, Let Me Love You (Until You Love To Learn Yourself) - Deixe-me te amar até que zzzzzZZZZ, que definitivamente não faz o meu estilo, mas que está no top 10 do iTunes, mostrando fãs de Ne-Yo é que mandam na indústria.

O ponto alto da performance pra mim é, de longe, esse aqui:


Identificação total, e não é com Marley, nem com Joe.

Depois de tanta exposição masculina, é chegado o momento que estava explodindo ovários de muitas meninas no Tumblr há semanas: o encontro de Rachel, Quinn e Santana em New York. Como eu já vinha especulando, dada às ocasiões suspeitas em que Lea Michele SUMIU dos sets enquanto Dianna Agron grava suas participações, a primeira cena delas juntas foi claramente gravada com as atrizes separadas e com um chroma key vagabundíssimo.








Durante a produção das fotos para o calendário, Sam chega ao clímax de seu surto e dessa vez, as coisas ficam realmente dramáticas. Como não temos muitas chances de ver nosso Boca de Truta em conflito, é fácil esquecer que ele não é só alívio cômico, mas as cenas com Blaine a partir daqui mostram que ele também pode emocionar. O desabafo de como precisa usar a aparência pra se destacar é muito sincero e, se pensarmos bem, acompanha Sam desde que entrou na série, vestindo shorts dourados para chamar a atenção do Glee Club em Rocky Horror Show e até mesmo em sua curta carreira como stripper.


Como já era de se esperar, "suave na nave" não é a descrição exata de como as gravações do filme estudantil acontecem com Rachel e, mesmo convencida de que fazer nudez não significa o fim de uma carreira, ela declara que não está pronta agora, não sem antes fazer toda a equipe do filme se despir para deixá-la mais confortável.

Depois, uma apresentação de "Love Song" com Santana, Quinn e os gordinhos sensuais da equipe do filme faz parecer que as atrizes finalmente gravaram juntas, até porque o desconforto é palpável em muitos momentos – pra quem não acompanha o TV Fama de Glee, além dos boatos sobre o rompimento de Lea e Dianna, também especula-se uma briga séria entre Naya e Lea que resultou em UNFOLLOW no Twitter.

  
 


Não bastasse o tanto que Sam já partiu meu coração com o primeiro desabafo, Blaine decide que é hora de arrancar mais lágrimas, mostrando um vídeo com os amigos do rapaz mostrando o que ele já fez de bom por todos eles e porque sua presença na vida deles fez a diferença.

Nesse esquema de alguém ser "a cola do Glee Club" toda semana, por incrível que pareça Sam é o que mais se encaixa, já que ele está sempre salvando o New Directions em competições e, como já comentei em algumas reviews dessa temporada, tem servido como conselheiro de qualquer um que estivesse em crise a cada episódio. Agora, é a vez de Blaine ajudá-lo na crise e a amizade dos dois, que já rendia muito bem no aspecto cômico, fica cada vez mais interessante e bonita na tela.

 
 

Tem gente surtando porque Merdacedes apareceu no vídeo para reconhecer o que Sam fez por ela, o que na cabeça das pessoas é sinal de que os dois vão reatar seu tórrido (?) romance, quando claramente a presença dela é apenas uma maneira de dar força para o plot, até porque já ignoraram o envolvimento deles durante toda a temporada. Destaque mesmo é Santana ressuscitando a inesquecível letra de Trouty Mouth, sua obra prima da composição.



Recuperado, Sam assume novamente o posto de conciliador e ainda faz o grande sacrifício de posar de roupa no calendário, só pra que Artie não seja o único a fazê-lo. Acho que, pelo bem de todo mundo, Joe podia ter desempenhado essa tarefa, mas vamos aceitar a boa ação pelo fechamento da história.


Pra encerrar o episódio com chave de ouro, uma performance de "This Is The New Year", do A Great Big World, que é praticamente uma versão americana da "Banda Mais Bonita da Cidade", mas com música boa. O clipe é basicamente um solo de Lord Tubbington com participações especiais do pessoal do New Directions, e é simplesmente uma das coisas mais viciantes que essa série já fez.

  
  
  
  

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7 comentários

  1. Episódio delicioso em todo sentido da palavra. Fazia tempo que Glee não tinha um episódio tão leve com todo deboche e canastrice que se tem direito.

    Aliás, há boatos que Lady Di e Lea já voltaram as boas com direito a café da manhã com Jenna Cockblocker, só Naya que ainda está chateada com Lea pela recusa do ménage.

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  2. Review mais deliciosa de TODAS! No instante que vi a pergunta pro carinha dos Warblers só lembrei de Kitty! hahaha

    Só felicidade com as gifs, pq esse mash-up foi feito para se deliciar e morrer de amor! Essa temporada é e continuará sendo de Chordzinho! Já me vejo como uma xiita na 5ª temporada sem ele...

    Jarley muito fofinho (e "doce como o café do Finn") :P

    Resumindo, PURO AMOR por esse epi e também por toda essa temporada que, sorry, haters, tem tudo pra terminar como a melhor das 4! <3

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  3. Tv Fama Glee informa: Achele is back, e foram tomar um café juntas e otras cositas mais no trailer. ( Ignorando o fato da Jenna estar junto)

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  4. hahahhahahahaha em homenagem ao meu aniversário em setembro ganhei Samzinho com roupinha de colegial!!!!! #morramdeinveja #beijopratitia.

    Como o esperado esse episódio seria o melhor da temporada, não tinha como ser ruim quando até o solo de Lea é bom!!!!! Confesso q estava tendo a reação de Kitty tb na música de Ne-yo e qdo a vi fazendo a mesma coisa morri de rir.

    Enfim episódio excelente!!!! Titia entende das putaria. hahahahhahahah E o melhor de tudo é ele bulinando os meninos no twitter entregando q todo mundo tava de dieta, menos Chord... hahahahhaha é mto quenga, como não amar titia???

    Leozio isso não foi uma fotossíntese foi uma ópera!!!!

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  5. Contrariando as opiniões : AGOSTO NUNCA MAIS SERÁ O MÊS DO DESGOSTO !!!

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