The Following 1x04: Mad Love

17.2.13


O assassino da semana é apresentado no episódio passado, retorna e tem mais uma chance de derrotar Hardy, mesmo que, teoricamente, isso possa comprometer o grande plano orquestrado por Carroll. Essa fórmula já cansou.

Para uma série com pretensão de ser “um produto da tevê a cabo na tevê aberta”, The Following está no meio do caminho. Apesar de possui um background focado em assassinatos e o psicológico humano, de apresentar coadjuvantes fascinantes como Joe e o trio principal de seguidores, a série ainda está engessada em uma trama policial que repete todos os cacoetes dos CSIs de um jeito piorado, já que todo o caso da semana envolve um psicopata em uma tentativa frustrada de matar o protagonista.

Desta vez tivemos a inserção surpresa da irmã de Ryan – irmão do ano esse cara, aliás, que com tudo o que está acontecendo não teve a perspicácia de pedir para o FBI proteger seu único parente vivo antes alguém entre as dezenas de assassinos que estão tentando atingi-lo o fizesse através da irmã – que foi uma figura muito importante na vida do nosso herói nos flashbacks pós-prisão de Joe, mas que curiosamente ainda nem tinha sido citada na série. Neste episódio também descobrimos mais sobre a (praticamente falecida) família Hardy: a mãe morreu de câncer, o pai ex-policial foi morto em ação e o irmão morreu no atentado de 11 de setembro. A tragédia é tanta que passa direto pela tentativa de fazer o público se simpatizar com o personagem para nos fazer questionar ainda mais a estabilidade mental de Ryan.

Como todos suspeitávamos a partir de tudo o que foi exposto até agora, o vilão da semana, que conseguiu escapar no episódio passado, sequestra Jenny (a irmã) e atrai Ryan para uma armadilha para prendê-lo e danificar seu marca-passo com o auxílio de imãs. Aliás, tempos perigosos estes para os personagens de série que sobrevivem graças à ajuda desse aparelho, vide Homeland. Entretanto, Mike (a.k.a. Homem de Gelo, para aqueles que não consegue ligar o nome à pessoa devido ao nível de expressividade e importância do personagem em questão até então) salva os Hardy e o dia matando Maggie. Ou seja, “ganha, mas não leva”, porque enquanto viva a mulher pelo menos poderia ser interrogada a respeito de onde fica o local no qual Joey está.

Falando no garoto, ele finalmente está começando a desconfiar de que Emma e cia. estão escondendo alguma coisa. Isso se já não tiver certeza, depois de toda aquela confusão com a mulher da loja sequestrada no episódio passado – sou só elogios para a storyline do trio de assassinos, mas às vezes os roteiristas simplesmente ignoram a presença de Joey na casa.

Depois de conhecermos mais sobre Emma e Paul, agora é a vez de desvendar a complexa figura de Jacob, o acólito incapaz de matar. No final, nenhum dos três tem o controle sobre a situação, já que o elemento de ligação do triângulo amoroso é também o mais inseguro. Mas na conclusão, vemos o porquê de Carroll ter unido essas três figuras disfuncionais: elas se completam, e isso finalmente acontece neste episódio, só após conhecermos todos os conflitos dos personagens com bastante cuidado, eles se aceitam e se abraçam (literalmente, no chuveiro). E o público bate palmas para uma relação tão bem construída que culmina nessa cena.

Dito isso, é importante observar que o próximo episódio pode ser responsável pela quebra da estrutura do roteiro que foi apresentada até agora, já que não foi apresentado nenhum acólito que irá “sobrar” para a semana seguinte e Emma, Jacob e Paul estão muito bem, obrigado. A menos, é claro, que os roteiristas tenham desencanado e passarão a apresentar e matar o vilão em um só episódio. Tomara que não. Se eles forem espertos, a storyline da investigação do FBI finalmente se voltará para o sequestro de Joey, resultando na culminância das duas tramas paralelas. É esperar para ver.

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1 comentários

  1. Eu ainda aposto na série. Os dois primeiro episódio foram de tirar o fôlego. As coisas deram um diminuída de ritmo mas mesmo assim as coisas estão fluindo bem. É bom ver um pouco da história de Paul, Emma e Jacob.

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