Game of Thrones 3x06: The Climb

8.5.13



Lorde Feliciano não representa Olenna Tyrell.


Depois de dois episódios realmente muito bons, Game of Thrones caiu um pouco em qualidade ao focar nas tramas menos interessantes da série. Com tanto Norte num episódio só, é óbvio que as coisas ficariam um pouco geladas, principalmente porque aquela sensação de que nada de importante ocorreu voltou aos nossos corações. É irônico pensar que o intitulado “The Climb” interromperia a grande escalada da série. Até a metade do episódio, achei que os personagens de Porto Real bem como Jaime e Brienne nem dariam as caras, porém a participação deles foi muito pequena e apenas serviu para preparar o terreno pelo o que ainda está por vir.

Toda a escalada de Jon Snow foi muito legal do ponto de vista visual, mas a história dele nunca vai para lugar nenhum e a monotonia tem cadeira cativa neste núcleo. Desde a temporada passada que a locação e os efeitos visuais são os únicos atrativos nesta trama e os roteiristas devem trabalhar mais para deixá-la no mesmo nível das demais. É bem verdade que Ygritte sempre arrasa, principalmente agora que viu pela primeira vez como é o mundo além da muralha. Na minha opinião, o relacionamento dela com Jon foi construído de forma bem estranha, sem que a gente sinta que ele realmente está se apaixonando por ela. Parece que Ygritte está impondo toda a relação e que o corvo só está aceitando porque é um merda apático. Ao final do episódio, a coisa evoluiu um pouco e espero que a química entre os dois melhore nos próximos episódios.

Enquanto isso, Melisandre visitou o acampamento da Irmandade Sem Estandartes e acabou levando consigo o sangue real que havia prometido a Stannis. Como se trata dos personagens do núcleo mais bizarro da série, não sei o que esperar a seguir e temo pela vida de Gendry até o final da temporada. Foi legal ver as coisas se encaixando e dois núcleos bem distantes se encontrando. O mistério em torno da religião do fogo no rabo (a famosa crente do rabo quente, com todo respeito aos evangélicos, isto é apenas um trocadilho) fica ainda maior na medida em que por um lado tudo parece de um charlatanismo imenso e por outro o cara consegue ressuscitar o amigo com reza da braba. Sempre vi Melisandre como vilã na história, mas pelo jeito Game of Thrones realmente ignora qualquer tipo de maniqueísmo, associando-a a personagens tão legais como Thoros e Beric Dondarrion.

Finalmente descobrimos um pouco (ou na verdade quase nada) daquele que faz de Theon seu prisioneiro. Depois de uma grande sambada na nossa cara com um monte de mentiras, descobrimos que tudo o que ele fez foi por puro sadismo e um pouco de informação. Como esta trama não está nos livros, acredito que os produtores acharam que a gente gostaria de ver Theon, que já causou muita raiva no público, sendo torturado e enganado sem parar. Só acho que ninguém está vendo muito propósito nisto tudo e conseguir se importar com esta trama vem sendo uma tarefa bem difícil.

Com o objetivo de ter a ajuda dos Frey no seu plano de atacar Rocherdo Casterly, Robb acabou pedindo desculpas por ter quebrado a sua promessa e ainda prometeu a mão de seu tio a uma das filhas de Lorde Walder Frey. Único destaque nesta história foi ver mais uma vez o quanto Edmure é um completo idiota, que ficou se preocupando com a beleza da futura esposa quando a vida de todos eles está em jogo. A impressão é que tudo que aconteceu com este núcleo foi apenas para nos preparar para os próximos episódios, quando Robb e Catelyn devem ganhar mais destaque.

No Sul, lugar maravilhoso com personagens realmente, fortes, legais e carismáticos, tivemos o privilégio de assistir ao embate entre dois dos melhores personagens da série, a Rainha dos Espinhos e Twin Lannister. Mais uma cena memorável com diálogos ótimos e a promessa de que a paz armada entre as duas famílias não deve durar muito. Adoro Olenna Tyrell que mesmo com a sua idade avançada mostrou que possui uma mente aberta e receptiva às escolhas amorosas de seu neto. Muito engraçado vê-la perguntando a Twin se ele nunca havia trocado carícias com o menino do estábulo ou algum primo leão. Quem se deu mal foi Sansa, que depois de sonhar em ter sua família em seu casamento com Loras (nossa, que menina débil mental), acabou conhecendo aquele que deve ser seu verdadeiro destino, se casar com o anão. Tivemos também um longo e interessante debate entre Varys e Mindinho, que acabou narrando com impacto a tragédia de Sansa.

Não vou ficar enchendo linguiça e fingindo que muita coisa aconteceu com Sam, Jaime ou Bran. Meu papel é comentar o que foi relevante e não narrar algumas cenas que serviram apenas para inserir alguns personagens dentro do episódio. Agora que já houve destaque ao norte, espero que na semana que vem o Sul volte com tudo. Saudades de Margery e Joffrey.

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5 comentários

  1. E nem aí pra morte de Ros?

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  2. E nem percebeu a traição do Bolton com o rei do norte?

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  3. Opa! A trama da tortura do Theon está nos livros sim... no "A Dance with Dragons"... Tem até a parte de ir esfolando o dedo até pedir pra cortar por causa da dor. Quem leu os livros sabe bem quem o garoto sádico é... ;)

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  4. Ta nos livros sim, parece que na serie vão seguir a ordem cronológica correta, fundindo elementos de todos os livros. Pois nos livros as histórias são contadas picadas, eles estão evitando fazer isso na serie.

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  5. Review bem rala, me desculpe. Se você engoliu o Bolton deixando o Jaime ir pra King's Landing é por falta de atenção mesmo.


    A tortura do Theon não aparece em si nos livros, mas é citada no ADwD.


    O episódio foi ótimo, transição para alguns dos acontecimentos mais chocantes de toda a saga. Lembre-se que eles dividiram ASoS em duas temporadas, alguns personagens tem pouca trama mesmo, não há o que fazer.

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