The Voice UK 2x14: The Live Semi-Finals

20.6.13


"Dope" ou "Will I Am e a sua vitória premeditada! Parte 5"

E aí? A pergunta que fica é, o que vocês realmente preferem? Uma temporada incrível com uma campeã flopada, ou uma temporada que você não vê mais a hora de acabar com uma hitada? Aliás hitado estava todo o #TEAMWILL essa temporada, premeditado à vitória desde as "Blind Auditions" (como eu avisei), o treinador e sua equipe veem fazendo a diferença em uma temporada aonde a palavra de ordem é o "Sono". Will I Am e sua equipe se destacam não só no quesito voz, mas também no entretenimento, e foram eles os "donos do show" em todos os episódios. Engraçado que o ano passado, só fomos saber que o #TEAMJONES era o time da vez depois de suas fantásticas "Battles", mas dessa vez já sabíamos desde o início que Will tinha vindo para ganhar, e que não aceitaria mais o segundo lugar como premio de consolação.

A noite de semifinal foi morna e confusa, como toda temporada tem sido no geral, salvo pelos dois pontos altos da competição, que teem sido sempre #TEAMJESSIE e #TEAMWILL. Jessie deu uma lapidada em seu time e chega à essa altura com dois cantores realmente merecedores da colocação, e #TEAMWILL dispensa comentários. A pergunta que fica é... Cadê o #TEAMJONES? Cadê o time campeão? Claramente indisposto em estar nessa temporada, Tom Jones não conseguiu criar muito um vinculo com os seus candidatos, e tem feito os mesmos ficarem as sombras dos outros em toda a competição, salvo Mike Ward, que apesar de toda a falta de investimento tem uma voz inegavelmente incrível. Quem faz companhia para o veterano no clube do pessimismo é Danny O'donoghue, que está visivelmente abatido esta temporada, e não nutre nem de longe o mesmo apreço pelo seu time que possuía na última temporada, completando assim o retrato do tédio que está essa segunda temporada do The Voice UK.


A noite infelizmente não abriu novamente com a apresentação de Matt Henry, mas claramente deveria ter respeitado a mesma ordem da semana passada. As apresentações do cantor são sempre muito empolgantes e explosivas, e para um programa que tem estado bem entediante, é sempre bom começar de forma tão empolgante. E a performance dele foi tudo isso e mais um pouco, não só vocalmente, aonde ele dá uma lição, mas também no quesito entretenimento, ele é um artista nato no palco. Eu só não intendo o fato dele ser tão repercutido, ter tantos viewers, e chegar no iTunes flopar semana após semana. Realmente muito estranho. Não preciso nem dizer que adorei a parte do "Fire baby, fire baby, fireeeee!" That was dope!


Muito bacana também foi a performance de Ash Morgan, que é sempre música para os ouvidos. Achei incrível a escolha de Laurin Hill, que combina muito bem com todo o vozeirão dele. Apesar dos exageiros característicos do rapaz, ficou tudo muito bom. É como eu disse, o #TEAMJESSIE estava muito bem servido nessa semifinal, só que o power vocal house não é nem metade do artista que Matt é no palco, e por isso perdeu o lugar na final para o colega, deixando assim a equipe sem nenhum representante original na final.


#TEAMDANNY realmente não sei o que dizer, apenas que foi o mais fraco da noite, e estava mais sem sal do que nunca. Sem Connor, e sem o carisma da apresentação de Andrea Begley do primeiro "live show", o time passou completamente apagado nessa semifinal, e poderia ir para final muito bem sem nenhum representante que ninguém iria dar falta. A versão da cantora de "One of Us" não passou nem perto do que Sarah Simmons fez em uma "Blind Audition", da franquia americana. É o que eu reclamo do The Voice UK, parece que é tudo a mesma mesmice, ninguém faz nada diferente no programa (só Will que tenta à todo custo dar uma diversificada), e isso somado a falta de boas vozes, só poderia resultar no ostracismo da temporada.


Quem também parecia que estava em um karaokê era Karl Michael, só que aqui a escolha da música foi um pouco mais ousada. O rapaz saiu de sua zona de conforto, e destoou completamente do que vinha fazendo até aqui, que era hits atuais e pop. Assim, não que o resultado tenha ficado bom, mas valeu pela tentativa de cantar algo diferente. Mas a forma que ele deu a canção foi a mesma que ele faz com toda a música: reto, reto, reto, e depois uma grande nota antes de tudo se acabar. E acho que muito pelo fato de Andrea ter tido um momento de destaque semana passada que o rapaz nunca mais teve, desde as "blinds", que a mesma roubou seu lugar na final, como quem não quer nada, fazendo a cega que entra sem querer na frente.


#TEAMJONES também não estava assim tão diferente, e depois de ter feito a burrice de salvar Joseph Apostol no primeiro "Live Show", a equipe do treinador quase que amargou um completo flop essa semana. E se dependesse apenas do filipino seria exatamente desse jeito. A versão morna que ele fez de "End of The Road" realmente não me pegou. Não sei o que ele tem que simplesmente me faz ser hater, ele pode ter até uma voz boa e tudo, mas não tem mais nada, ele é feio, estranho, sem presença de palco, meio cotoquinho... Enfim, não consigo ver nada desse brilhantismo que os "coaches" veem nele. Por mim não ia nem aos "Live Shows", que dirá passado á frente de Alys linda e chego a semifinal. Vai tarde!


Quem está salvando o time campeão do fracasso nesses "Live Shows" é Mike Ward. O rapaz chamou a responsabilidade para si, e tem nos presenteado com ótimas performances nessas duas últimas semanas, no mesmo nível de sua "Blind Audition" que tanto curtimos assistir. Se tem uma simples forma de definir a voz do cantor, seria aconchegante. É tão bom ouvir ele cantando, dá uma paz, parece que ele está nos levando para um lugar comum. Paloma Faith realmente foi uma escolha bem inusitada, me pegou de surpresa, mas como sempre o rapaz pegou a canção, mastigou, e colocou tudo pra fora do jeitinho que seu vozeirão country sempre costuma sair, e nos deixou perguntando se é realmente válido ouvir a versão da cantora depois dessa. O lugar na final não é só merecido, como conquistado. Ele não é só mais o rostinho bonito no #TEAMJONES (até porque nunca foi), ele conquistou a todos com suas apresentações ao vivo e se bobear ainda leva o vice campeonato, que é o máximo que um relés mortal pode conseguir nessa temporada.


Quando se está no time mais forte da competição, com uma franca favorita a vitória da temporada, você tem duas opções, como Jessie J disse, ou entregar os pontos e ficar às sombras da principal, ou lutar até o fim, mostrar que vocês é forte, e quem sabe, em um susto até conseguir virar o jogo, como Leanne Mitchell fez o ano passado. O importante é deixar bem claro, que em um outro sistema de organização do programa você ficaria claramente em segundo lugar. E foi isso que Cleo  Higgins fez, a cantora respondeu muito bem às criticas de seu trabalho, pelo público, e depois da tocante performance de "Imagine" semana passada, a cantora voltou com toda a sua fúria para o palco, e deciciu que não iria deixar barato para a sua colega de equipe, que se fosse ficar em segundo lugar, que pelo menos deixasse este marcado!


E por último, claro, ela que já ganhou. Não adianta, o talento dessa menina é inegável, e o seu perfil artístico também. Tanto é que ela pode ir uma semana abaixo da média do resto de sua trajetória, que mesmo assim ainda consegue colocar todos os seus competidores no chinelo. Não só não foi uma de suas melhores performances, como também não foi a melhor versão que já ouvi de "Killing Me Softly", acho que ela fica ali entre Katrina Parker e Miss Murphy. Contudo, aquele falsete que ela mandou no final, e aquele contracantozinho de Jazz que ela mandou, matou a pau e salvou todo o resto a performance, não só porque tornou tudo mais pessoal, mas porque também foi incrível. E o legal de Leah McFall é que todos esses estilismos musicais que ela faz, não soam forçados e são muito agradáveis de se ouvir.


Nas apresentações de grupo o destaque foi realmente para o #TEAMWILL que trouxe versatilidade e criatividade para o palco, além das incríveis vozes de Leah McFall e Cleo Higgins, fazendo uma ótima releitura da música do Blondie. #TEAMJESSIE também não fez feio com sua potente e envolvente performance de "Stay", as harmonias ficaram realmente muito boas. A escolha do #TEAMDANNY foi a hitada "Let Her Go" do The Passenger, que ficou milhares de vezes superior à versão meia boca que Danny Ross fez no The Voice AU. A música caiu como uma luva para o grupo, e digo mais, esses indie folks ficam muito bem na voz de Andrea Begley, se fosse Danny investia nisso. A performance mais fraca ficou mesmo por conta do #TEAMJONES, que apesar de ter sido muito boa vocalmente, acabou passando desapercebida, por não ter personalidade. E pensar que ano passado Leanne e Ruth hitaram com "Dog Days Are Over".

Os resultados foram muito como já prevíamos, só a forma como eles foram entregues que não. Mais uma vez a produção do The Voice UK resolveu sambar na cara do espectador e deu para o mesmo apenas vinte minutos para votarem nos finalistas. Quinze minutos de encheção de linguiça, que poderiam ter sido aproveitado com convidados descentes, mas não adianta, ninguém quer se apresentar em um programa tão flopado como a franquia britânica. A unica coisa boa nesse intervalo foi mesmo a apresentação do Top8 de "I Will Wait" (saudades Alys) e os treinadores se divertindo cavalgando nas suas cadeiras.


No mais é isso meus caros, a final está formada. Andrea Begley tem chances de hitar se, como eu disse, escolher um indie para cantar, Matt Henry segue na cola da líder e quem briga diretamente com ele por esse lugar é Mike Ward, que vem fazendo muito bonito no iTunes. Fica aqui a esperança de que todo esse tormento que passamos acompanhando essa segunda temporada do The Voice UK não tenha sido em vão, que as tardes desesperadas sem saber à que horas o show ia ao ar, não tenham sido desperdiçadas, mas que sirvam para consagrar uma das melhores, se não à melhor voz já revelada em todos os The Voice que já assisti. Leah McFall é mesmo o pacote completo, e chega aqui já com o sabor da vitória na boca.


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