Glee 5x04: A Katy Or A Gaga

9.11.13


Uô, uô, uô, uô, uô, uô, ô, olha o grito do Tarzan... Todo mundo segurando o tchan!

É Glee na selva, é Glee no Havaí. É Glee no auge da vergonha alheia e, embora o episódio esteja dividindo opiniões por aí (inclusive, foi a menor audiência da série), devo dizer que a vergonha alheia foi muito bem-vinda. Há tempos, digo que nossa amada Cátia Peres merecia um tributinho na série, mas não o espervaa justo agora que é a pior fase de sua carreira. Eis que, para louvar esse declínio, os roteiristas nos apresentam esse confronto bizarro entre Cátia e Neide Gaga, a cantora mais chata feia boba cara-de-mamão superestimada da atualidade, utilizando as duas para definir os contrastes de personagens entre os membros do New Directions.

As pessoas mais dóceis e inocentes são Cátia Peres. As mais ridículas performáticas e ousadas são Neide Gaga. Não sou se concordar com Sue, mas pego emprestada a fala dela para reforçar que essa ideia de se referir às pessoas como Katys ou Gagas foi uma das mais irritantes que o Glee Club já teve. Mesmo assim, vamos embarcar na insanidade e ver o que essa divisão traz de bom e nem tão bom assim.

 

Sam, ou Tarsam, como terá que ficar conhecido depois de mostrar toda a sua habilidade segurando o cipó, foi destaque absoluto do episódio e exímio representante das Cátias. Defensor ferrenho de "True Jackson, VP", cancelada porque a Nickelodeon não se importa com entretenimento de qualidade, Tarsam teve que suprimir seu lado pueril para impressionar Penny, que aparentemente é hardcore por gostar de tatuagens, piercings e cuspe jogado em shows do Skrillex.

  

Ainda estou tentando entender em que mundo Neide Gaga é símbolo de hardcore e porque Penny ficaria impressionada ao ver a faceta Gaga de Tarsam, mas para o meu alívio, e garantindo muitos pontos na conta da enfermeira novata, descobrimos que ela também não curte Neidinha e desistiu de bad boys, que só são divertidos até roubarem seu coração, seu carro e tudo mais no seu dormitório. A minha torcida pelo casal continua e só ficará mais forte se ela convencê-lo a cortar a juba.

 
 

Mas romance e cabelos à parte, vale destacar um pouco mais de Samzinho individualmente, não porque quero uma desculpa para ter mais espaço para gifs sensuais, apenas para pontuar a evolução narrativa do personagem (aham). Sam estava simplesmente possuído em suas tentativas de se mostrar badass, seu vídeo para chamar a atenção de toda a escola dando instruções contrárias e sua liderança do grupo de Cátias travestidos de Neide. Se dependesse dele, o grupo das Cátias se consagraria em aplausos, mas nenhum deles contava com o surto daquela personagem que já está se tornando a pedra no calo de muita gente: a incansavelmente mimimizenta Marlene.


Não me levem a mal, sou um ferrenho defensor de Marlene, ficando ao lado dela quando todo mundo já tinha se cansado das caras de coitadinha na temporada passada e até mesmo perdoando suas composições depressivas, mas dessa vez ela e todos os personagens que fizeram parte de sua "trama" mereciam apanhar de cabo de embregagem de fusca. Profª Schue chegou ao cúmulo de suspender uma aluna por se recusar a usar um biquíni de conchinhas, Jacó estava no nível máximo de afliceta masculina, se comportando como um cachorro no cio durante todo o episódio e Marlene incansável nas caras de choro e no discurso anti-corrupção da pureza.


Sinceramente, acho que ela tem todo o direito de decidir quando e pra quem liberar (dica, gata: libera pra Ryder), mas é muita cara de pau ter deixado pra fazer essa ceninha depois de ver Jacó salivando, trepando nas pernas de todos os estudantes que passavam pelo corredor e declarando aos quatro ventos seu fetiche por peruca rosa, antes de convidá-la para uma tarde a sós em casa. E o pior é que nem tenho esperanças da suposta traição de Jacó com Bree significar mesmo o fim desse casal, porque já diria o filósofo que pics or didn't happen, então só vou acreditar que ele se engraçou com a cheerio megaevil quando tivermos IBAGENS.


De qualquer jeito, com ou sem traição, Jacó já se tornou o mais insuportável dos novatos e a única maneira de redimi-lo é se ele estiver sempre com essa indumentária aqui:

 

Fica a dica, produção. A fantasia de Thundercat gay, junto com a já icônica frase "Orange is the new black and Unique is the New Gaga", foram os pontos altos no grupo de Neides que precisam se passar por Cátias, porque dessa vez nem a minha obsessão saudável por Véia e Tina será motivo para fingir que elas fizeram alguma coisa relevante

 

Em New York, o destaque é o surgimento do casal Starchana, com a estreia de Adam Lambreco, caprichando no movimento pélvico e explodindo os ovários de Santana. Estou me divertindo muito mais com o núcleo esse ano, com essa mistura de humor canalha e histórias de cada um buscando caminhos para o sucesso. Entre Santana virando a musa do fungo vaginal, Kurt surgindo do nada com a ideia de uma banda (The Apocalipsticks seria o nome perfeito, sdds Apocalipsticks), Rachel nos poupando de ver seus ensaios de Funny Girl e a inclusão sem grandes alardes dos convidados como Demetria e Lambreco, sou só elogios para essa parte da série, que provavelmente ficará muito mais importante daqui pra frente.

 

É pedir demais para Kurt dar uns catos em Elliott e sambar na cara dos fãs de Klaine? Achei a conversa dos dois no Spotlight uma graça e, se até Santana notou que estava rolando flerte antes sequer reconhecer Starchild, não é coisa da minha cabeça. Além do mais, depois de tudo que Blaine fez Kurt passar, ele bem que merece um vale night prolongado antes do casamento. E pra quem pensa que o tema "Cátia ou Gaga" só pegou NY na parte das músicas, vale destacar também o desabafo de Elliott sobre ter exagerado nas roupas e na performance só pra chamar a devida atenção, quando na verdade é só um garoto simples de Paramus, New Jersey. Por mais que a analogia das duas cantoras não seja particularmente eficiente pra mim, admiro o esforço de terem questionado essa questão de extrapolar a própria personalidade e se vestir com novas "camadas", mostrando que mais do que um episódio de vergonha alheia, Glee fez uma complexa trama PNC.



Não posso partir para a avaliação das músicas sem antes deixar essa grave DENÚNCIA de violência nos corredores do McKinley High. Ryder ficou ainda mais perturbado depois que descobriu que o amor de sua vida era Unique, e esse comportamento agressivo precisa ser tratado mais cedo ou mais tarde.

 

Músicas do episódio:


Marry The Night - Lady Gaga: Elliott (Adam Lambert)
Boa introdução para o personagem na série, especialmente com os escândalos de Santana e a expressão blasé de Kurt enquanto Starchild se esgoelava e tremelicava no chão. A música também ficou bacana e digna da potência vocal de Adam Lambert, mas o que realmente me deixou impressionado foi como esse lustre resistiu bravamente à queda.
Cotação em Ryders: 

Applause - Lady Gaga: Sam (Chord Overstreet), Artie (Kevin McHale), Ryder (Blake Jenner), Blaine (Darren Criss) e Marley (Melissa Benoist)
Já diria nossa querida Lindissão de The Glee Project: my favorite! Faço aqui uma perigosa confissão de nunca ter ouvido a tão alardeada nova música da Gaga, assim como não ouvi Telephone até muito tempo depois de ter conhecido a maravilhosa versão de Ximbica e Nany People, a quem respeito muito mais, porque pra mim Gaga boa é Gaga morta a época de ouro dessa moça foi quando ela cantava músicas de gente normal como Eh, Eh (Nothing Else I Can Say). Dito isso, adorei escutar a versão de Sam e seus companheiros, especialmente com todo o exagero da performance e as caras de espanto dos outros ao ver o palco ser invadido por Marlene de peruca rosa.
Cotação em Ryders: 

Wide Awake - Katy Perry: Kitty (Becca Tobin), Tina (Jenna Ushkowitz), Unique (Alex Newell) & Jake (Jacob Artist)
Nome mais irônico para uma música não existe, porque nessa versão, foi impossível ficar acordado. Até quem estava cantando concorda.
Cotação em Ryders: 


Roar - Katy Perry: New Directions & The Apocalipsticks / Pamela Lansbury
Sequência pra rever várias e várias vezes, não importa se você ainda está irritado com o fato de Cátia Peres ter copiado "Brave" de Sarinha Bareilles na cara dura (ainda não consigo ver essa semelhança tão grande, mas se houver mesmo, claro que "Brave" é melhor). Não dá nem pra definir os melhores momentos de uma apresentação tão canalha, que tem todo mundo agarrado no cipó e a sensualidade selvagem de cada personagem levada ao extremo. É lógico que o núcleo de Ohio está muito mais ridiculamente delicioso do que o de NY, que recorre apenas à corda estrategicamente amarrada no lustre inquebrável de sua sala de ensaios, mas todos se integram muito bem e até Artie aproveita seu momento de diversão marota. Sem dúvida um encerramento pra deixar todo mundo rugindo alto.
Cotação em Ryders: 

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