Glee 5x05: The End Of Twerk

19.11.13


Aproveitando o tema da rebeldia, a minha vontade é de me rebelar e não escrever nada sobre o episódio.

A qualidade de Glee tem se mostrado inversamente proporcional ao espaço que dão para as ideias esdrúxulas de Will Schuester, o que explica porque esse episódio tem sido ainda mais criticado que o anterior, e dessa vez nem tenho como defender a produção pela liberdade poética, porque duas semanas chutando o balde por completo já é demais. Se antes tivemos "É o Tchan na selva", dessa vez foi "a dança da bundinha" e se continuar nesse ritmo, teremos uma temporada inteira representando clássicos do axé.

 
 

Não vou negar que foi divertido ver os estudantes do McKinley sem limites, esfregando a buzanfa em tudo e todos, e que a sequência com a história da dança foi pra lá de hilária, além do argumento de Will sobre em 20 anos a dança ser considerada "boba e nostálgica" fazer certo sentido – está aí a Macarena que não me deixa mentir, embora tenha sido injustamente ignorada na apresentação. Dito isso, não dá pra aceitar que esse homem, que na semana anterior suspendeu uma aluna por se recusar a usar biquíni de concha marinha no palco, saia por aí rebolando junto dos alunos para provar um ponto sobre rebeldia. É tão errado, mas tão errado, que me fez concordar com a postura de Sue, algo que me irrita profundamente.

  
  

Se a guerrinha entre Sue e Will nunca morre, a barra do banheiro também não. O saudoso kit MEC já ensinava que essa história deveria ser superada, mas Unique continua sofrendo as consequências de fazer pipi com um pipi. A despeito do Grande Motim dos Gêneros nos banheiros do colégio, sobrou de novo para a nossa diva transsexual que, não me entendam mal, eu entendo que passa por inúmeras dificuldades no dia-a-dia e que vale a pena tocar nesse assunto de tempos em tempos, mas não do mesmo jeito todas as vezes. Já tivemos outras situações com Unique se constrangendo por não saber que banheiro usar e desabafando sobre não saber a que lugar pertence por conta disso, então bater na mesmíssima tecla de novo e acrescentar um banheiro químico coberto de interrogações e que se torna o reduto de Tina não vai acrescentar muito ao tema.

  

Kurt e Rachel ficaram com uma parte ainda pior da viés rebelde do episódio, e Santana deve dar graças a Deus por não ter participado tudo. Foi tudo muito jogado e exagerado já do início, com Rachel querendo usar bebida como "anestesia" (para a tatuagem? Para o luto? De qualquer maneira, um gole não vai dar conta do recado, gata), passando pelo erro na tatuagem de Kurt e a solução bizarra do tatuador. De positivo, dá pra destacar o momento em que ela revela a tatuagem com o nome de Finn, que foi bonito, apesar de esperado, e o piercing na língua de Kurt, que devia passar o resto da temporada falando assim pra pelo menos ser mais divertido. Aliás, preciso comentar a afliceta dos fãs que ficaram com a bacurinha em chamas porque Chris Colfer apareceu sem camisa no episódio e comentar: vocês são doentes! Isso beira a pedofilia, já que não importa a idade que tenha, ele sempre parecerá uma criança.

 

Entre plots repetidos e outros que são bobos demais para marcar, não é que o melhor menos pior da noite ficou com Marley? Não, não me refiro à performance toda trabalhada nos cenários de isopor de "Wrecking Ball", mas devo admitir que antes disso, a coisa toda fluiu bem. Melissa Benoist mandou muito bem na interpretação no momento em que Marley confronta Jake pela traição, que eu jurava que não aconteceria de verdade só pelo encaminhamento do episódio passado e dei graças a Deus por ter se concretizado. Tive simpatia por essa praga que é "Jarley" por exatos 4 episódios, até Ryder entrar na série e mostrar que é muito mais compatível para Marley do que Jake jamais será, então só posso comemorar o fim do casal e torcer por tempos melhores.

 

Esse, aliás, é um mantra para a série como um todo, já que a irregularidade estabelecida na reta final da temporada passada continua tomando conta dos roteiros e das escolhas musicais. Menos rebeldia e mais consistência, por favor.

PS: nem Blaine, nem Kitty e nem Bree. O prêmio dos melhores twerkers da noite vai para Ryder e Tina!

 
 
 

Músicas do episódio:

You Are Woman, I Am Man - Funny Girl: Rachel (Lea Michele) e e Paolo San Pablo (Ioan Gruffud)
Continuo achando que devemos ser poupados de todos os ensaios de Rachel na Broadway e nos poupar apenas nos escândalos de bastidores, no melhor estilo Smash (quando ainda estava boa, ou seja, nos 3 primeiros episódios). Ainda assim, até que essa sequência foi bacaninha e nos deu a chance de ver Mãe Lea com uma peruca channel mais falsa do que nota de 3 reais (#gíriasidosas), além de agradar a parcela de fãs de musicais que ainda assiste à série.
Cotação em Ryders: 
 
Blurred Lines - Robin Thicke feat. T.I. & Pharrell Williams: Artie (Kevin McHale), Bree (Marcia Cross Erinn Westbrook), Jake (Jacó Artista), Véia (Becca Tobin) e profª Schue (Matthew Morrison)
Ouvi num maravilhoso podcast gringo uma crítica apropriadíssima dessa versão: parece uma música do Kidz Bop! E é bem isso mesmo, tirando o fato de que os vocais das crianças do Kidz Bop harmonizam infinitamente melhor do que o do pessoal dessa música. Vou dar uns pontinhos pela presença de Artie e Kitty e pelo clima cretino de esfregação nos corredores, mas é só.
Cotação em Ryders: 

If I Were A Boy - Beyoncé: Unique (Alex Newell)
Pode parecer contraditório, mas mesmo sem gostar da repetição no plot de Unique, achei a performance até que bem digna. Alex Newell ainda tem muito a aprender em termos de atuação, mas já consegue emocionar genuinamente em muitas passagens. Se não fosse no contexto mais-do-mesmo da barra do banheiro, a música serviria muito bem pra qualquer outra história do personagem.
Cotação em Ryders: 

Wrecking Ball - Miley Cyrus: Marley (Melissa Benoist)
Um problema sério de Glee que está se acentuando nessa temporada é essa necessidade bizarra de reproduzir clipes musicais na íntegra. Em alguns tributos se entende e na semana passada, em "Roar", deu para aceitar pela bizarrice da coisa. Aqui, no entanto, pegaram uma música que ficou maravilhosa na voz de Marley e cuja letra se encaixaria perfeitamente para mostrar o que ela estava sentindo, mas que definitivamente não precisava dessa réplica "para menores" do videoclipe de Miley no meio do episódio. Fosse apenas Marley cantando nos corredores e lançando seu registrado olhar de coitadinha para Jake, seria bem melhor, de preferência jogando tijolos na cara dele ao invés de quebrar vidro.
Cotação em Ryders: 

On Our Way - The Royal Concept: New Directions
Depois de falar tanta besteira no episódio, Will teve um momento de lucidez ao anunciar o número final como uma música "Old-School Glee", porque é exatamente o que eu sinto escutando-a. É uma daquelas canções pra ficar cantarolando várias vezes, se sentindo bem e pensando no New Directions rodopiando, sem twerk, pelo auditório. Se ao menos os produtores estivessem concentrados em mais músicas e histórias desse tipo, não teríamos tanto do que reclamar.
Cotação em Ryders: 

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11 comentários

  1. Eu gostei um pouco do episódio, mas achei estranho o Ryder querer ajudar a Unique. Certo, todos do coral ajudam uns aos outros e se tratam como uma família, mas eu pensei que eles ainda estivessem brigados pelos acontecimentos da temporada passada.

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  2. Aquela cena que Lea mostra tatuagem que fez PQP quase vomitei, não aguento mais ouvir sobre aquele garoto, já deu kkkkk enfim, odiei todas as canções deste episódio, a única parte que gostei do episódio foi quando professor mostra para o conselho desde o "começo" da dança até os dias atuais com demonstrações dos alunos.

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  3. ANA PAULA DE ABREU FERREIRAterça-feira, 19 novembro, 2013

    Só eu estou aflita com a magreza extrema de Lea

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  4. Ah, Glee né. Pularam a parte que eles fizeram as pazes e, qualquer coisa, pra explicar, enfiam uma piadinha sobre o assunto em algum diálogo aleatório da Sue.

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  5. Eu achei que marley montada na bola de demolição foi a melhor coisa da temporada...impagável! Concordo com a sue de que blurred lines é uma musica de estupro! Sempre disse isso!

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  6. Gente acho q eu dormi assistindo esse ep da serie pq realmente nao entendi o significado da tatuagem do Kurt...alguem sabe o pq da frase?? :D

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  7. Elton Elton Pedroso Correaterça-feira, 19 novembro, 2013

    Acho q Blurred Lines merecia uma nota negativa, schu sendo nojento denovo não dá mais não. A melhor parte do episódio pra mim, foi a mulher do conselho do mckinley se desmanchando pelo ryder ^^. E pessoas que aflicetaram shirtless de kurt precisam ser internadas urgentemente.

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  8. Vontade de me rebelar contra os gleetas e para de ver essa naba (mas vou acabar vendo, não tem jeito)

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  9. Então eu achei o episodio bem mais ou menos, como tudo mundo, e apesar da repetição do plot de unique achei que realmente ele conseguiu se sair muito bem, o segundo fato interessante do episodio foi marley, acho marley um dos personagens mais reais de glee, é uma garota que acaba se ferrando por ser inocente de mais, concordo q fico bem pífio eles copiarem o clip da miley, acho que ta na hora de marley fazer a revoltada, cortar e pintar o cabelo e ficar meio rebelde por uns episodios até Ryder dizer que ama ela por ela ser uma "KATY" (ah meu estomago até embrulho) , mas emfim isto é glee.


    O plot inteiro sobre twerk foi completamente desnecessário, e realmente quero o sr shue fora da proxima temporada muito sem noção, acho que ele meio que viro a sue silvester após ter ganho as nacionais, realmente torço que desta vez sue faça algo que realmente der certo e eles percam as nacionais. sai la troca a passagem dele e manda ele pro alaska #fikaadika

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  10. Por que ninguém notou a importância do episódio em mostrar o quão somos alienados a gostar de obras artísticas criativas e desmerecer, ridicularizar, além de mostrar todas a nossa hipocrisia em cima de movimentos artísticos novos e/ou populares e quem possuem "conotação sexual", como se o simples fato de nascer já não significasse isso. Nojentos!

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  11. Concordo muito com vc sobre Jarley, mas eu nunca simpatizei n, lembro q quando vi a Marley pensei, ''Fraca'', quando apareceu o ''Jake'' boa voz nd de mais, dai ele zuo com a cara da Marley por querer logo os finalmetes e saiu se pegando com a Kitty dai eu pensei ''Fishel 2.0'' n vou suportar, nesse caso nem ligava, mas sofri muito com a pobre Rachel correndo atrais do amado e sendo rejeitada, ai apareceu o Ryder e consolou ela, disse q gostava dela, disse q ela era bonita e ainda defendeu ela, mostrou suas fraquezas com o problema da dislexia e o q essa quenga faz? Larga ele e vai correndo para o Jake depois dele demostrar q era um safado, nem fala mais nd sobre o Ryder simplesmente vai embora, inaceitavel titio Ryan acabar assim com Ryley, e depois ainda fica dando falsas esperanças paras pessoas, só espero q dessa vez n fique só nas falsas, torço muito por Ryley, mas queria ver a Marley correr atrais e n queria q fosse fácil assim ela ter ele de volta.

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