Almost Human 1x05: Blood Brothers

16.12.13



O relacionamento entre Dorian e Kennex é a principal força que move a história. É esperado que estejam inseridas durante a narrativa vários momentos cômicos entre os dois já que a dinâmica entre eles é muito propensa a isso. Assim, é louvável quando os escritores da série decidem ir além da expectativa, inserindo no começo de cada episódio uma micro sitcom onde os dois protagonistas sempre surgem numa discussão inesperada.

Blood Brothers tem o melhor desses momentos, onde os dois mantém uma discussão sobre pintos robóticos e versões gigantes do Ken, o namorado da Barbie. Já seria bom o suficiente se estivesse ali apenas para ser um começo divertido para o episódio, mas em meio a conversas absurdas há sutis sugestões sobre futuros temas da série, como nesse caso onde Dorian sugere que deseja ter sua própria casa ou a recorrente referência de que, eventualmente, Kennex e Stahl ficaram juntos.

O resto do episódio não é tão bom quanto o começo infelizmente. Há uma boa ideia no vilão tão egocêntrico que decide se clonar, mas também há uma outra ideia, que é terrível, onde uma testemunha tem o poder de se comunicar com os mortos. Isso é uma série de ficção científica, simplesmente jogar uma explicação qualquer para justificar o impossível, uma habilidade que se encaixa apenas em uma série de fantasia, não basta.

A presença da testemunha médium traz um sentimentalismo barato completamente desnecessário. Para Kennex, ela funciona exatamente como Dorian: alguém que o irrita com observações que ele não gostaria de ouvir. Para o androide, ela serve para trazer a tona o lado humano dele, mas de uma forma pouco criativa e mal-executada. Compare por exemplo como o mesmo é feito de forma competente em Skin, com todos os questionamentos de Dorian sobre identidade quando se vê diante das sexbots soando verdadeiros e pertinentes.

Tecnicamente Almost Human segue impecável. A direção das cenas de ação continua competente, os efeitos são incrivelmente bem executados para uma série de TV – a cena em que Dorian persegue a van e a vira nunca chega a soar artificial.

Até agora, esse foi o único episódio que não foi bom, mas sendo um procedural, apenas com episódios de tramas isoladas até aqui, é de se esperar que existirão episódios mais fracos

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