Glee 5x14: New New York

7.4.14


No meio do caminho tinha uma Merda.

Esperada desde a formatura na 3ª temporada, a transição definitiva para New York se apoia em vários pontos positivos da série – e em um de Merda. Não, não tem como controlar a implicância e deixar o mimimi de lado porque é notável o quanto tudo estava caminhando como deveria, na medida, com divisões coerentes e justas entre os personagens, até Mercedes aparecer para literalmente esmerdear tudo. Que alguém na produção está comendo apaixonado por Amber Riley, que ganhou evidência depois da vitória no Dancing With The Stars, não se questiona. Ainda assim, é surreal essa atitude de “enfiar goela abaixo” do público uma personagem que já tinha fechado seu ciclo na série e o pavoroso casal Samcedes, a partir daqui conhecido como Samerda, que foi pessimamente desenvolvido em todas as oportunidades, começando e terminando do nada, tanto na 2ª quanto na 3ª temporada.

Tirando Samerda de foco, o resto é só alegria. Sam, Artie e Blaine se integraram com a facilidade que já era de se esperar à mudança, o último talvez com facilidade demais. Geralmente torço o nariz para os excessos de Blaine, e já vi gente fazendo o mesmo quanto à trama desse episódio, mas não pude deixar de rir litros ao vê-lo sufocando Kurt das piores formas possíveis, invadindo todas as aulas do noivo, especialmente o seminário de mímica ministrado pelo filho ilegítimo de Marcel Marceau, Alain.

O grude também resultou em piti com Elliott, que com muita sabedoria sobre como acalmar seus algozes com um violão, resolveu muito bem a crise, deixando para Blaine e Kurt apenas a conclusão óbvia de que não estão prontos para brincar de casinha ainda. Por incrível que pareça, o apego de Blaine fazia todo o sentido, como poucas atitudes que ele teve durante a série fizeram, e o tempo de afastamento forçado dos dois tinha mesmo que resultar em alguma coisa do tipo. A pergunta levantada pelo casal, “agora que estamos juntos, o que fazemos?”, também serve para os roteiristas, que vão ter que rebolar para mantê-los interessantes daqui pra frente.

Sam também passou por problemas de apego, mas no caso dele, ao sofá e ao cabelo imundo e horroroso que vinha cultivando. Não sei nem como expressar o meu contentamento por esse momento de mudança ter finalmente chegado, fazendo apenas a observação de que merecíamos uma cena do rapaz aos prantos, ao som de “Love By Grace”. Com aparência decente e atitude renovada, Sam rapidamente descolou uma campanha de cuecas com enchimento (mais foco nesse plot, por favor) e uma vaga no reality show da RedeTV!, apartamento das modelos, do qual desistiu ao ver o estilo de vida regrado a medicamentos e decisões pouco saudáveis que sua colega de quarto, Sam, levava. Com tanta coisa bacana acontecendo com o personagem, precisava mesmo de Samerda?

Por fim, Artie e Rachel formaram uma dupla inusitada que caiu como uma luva. Ele, sofrendo para se adaptar ao ritmo frenético da cidade e sendo roubado por um rapaz de muletas no metrô. Ela, aproveitando todos os privilégios de uma estrela da Broadway, com direito a limusine, digo, city car particular. Não sei até que ponto concordo com a atitude dela de abrir mão de todos os luxos porque precisa viver experiências de gente comum, mas aprecio a solidariedade com Artie e, principalmente, suas técnicas ninjas para recuperar o laptop do amigo.

Numa primeira amostra, a série parece funcionar muito bem com elenco reduzido, foco certeiro nos que escolheram para continuar contando a história e um cenário que, embora já faça parte da série há um ano e meio, parece completamente novo. A única ressalva é que tinha uma Merda no meio do caminho.

Músicas do episódio:

"Downtown" - Petula Clark: Artie (Kevin McHale), Blaine (Darren Criss), Kurt (Chris Colfer), Rachel (Lea Michele) e Sam (Chord Overstreet)

"You Make Me Feel So Young" - Frank Sinatra: Blaine (Darren Criss) e Kurt (Chris Colfer) 

"Best Day of My Life" - American Authors: Blaine (Darren Criss) e Sam (Chord Overstreet)

"Rockstar" - A Great Big World: Elliott "Starchild" (Adam Lambert) e Kurt (Chris Colfer)

"Don't Sleep in the Subway" - Petula Clark: Artie (Kevin McHale) e Rachel (Lea Michele)

"People" - Funny Girl: Rachel (Lea Michele)

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9 comentários

  1. Ah! Que review rápida...
    Enfim, para de implicar com Mercedes. (risos)
    Entretanto, confesso que dou risada toda vez da palavra Merda no lugar do nome dela...
    Gostei bastante do episódio. Como sempre a Rachel me conquista e mantém o posto de personagem favorito. Por fim, senti falta da Santana, tomara que ela volte com Brittany.

    P.S: Cadê os seus comentários das músicas? Você demorou tanto para postar a review e foi tão pequena e "seca". Você faz melhores. EU SEI!

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    1. Essa semana foi tão tensa que ou saía assim ou não saía review, hehehe, mas pode deixar que tentarei não fazer disso um hábito. Só pra constar, eu gostei de todas as músicas, menos "People" que achei de uma depressão imensa pra montagem final. Minha preferida absoluta foi "Rockstar" seguida de "Best Day Of My Life".

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  2. Eu não tenho problemas com Mercedes, mas acho desnecessário a presença dela na série, ainda mais como Divã-super-bem-sucedida-que-samba-na-cara-da-gravadora. E Samcedes é a treva! O que se salva deste relacionamento é Human Nature!

    Blaine foi Blaine². Chato e insuportável! Era só boato que Mãe Lea e Cris Colfer queriam ele fora da série? Deve ser, mas eu amaria que fosse verdade! Sou Team Elliot para o Kurt! Larga mão deste piá chato e vai ficar com um homem sem esses mimimi do Blaine.

    Em relação ao Artie, eu gosto dele, mas não o vejo com utilidade na série. Ele sempre foi o mesmo desde o primeiro episódio, não me sinto curioso pelo seu futuro.

    Rachel é aquela pessoa que odiamos amar! Amo ela, assim como o Sam, porém, o segundo eu não odeio amar.

    Quem faz falta em Glee é Tina (a da quarta e quinta temporada), assim como Santana. E também não ficaria chateado se Brittany e Quinn voltassem, mas nessa nova fase acho que só a primeira teria espaço, se Santana voltar. Quinn já teve o seu final feliz.

    Por fim, não posso esquecer que as músicas estão chatas! E as do próximo episódio são piores! Medo de Glee se tornar um Smash 2, que só vi o piloto, mas odiei do fundo do meu coraçãozinho. Enfim, a série de Titia ainda está em crédito, principalmente, pela terceira e quarta temporada.

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    1. Human Nature!!!! <3
      Eu também não costumava ter tanto problema assim com Merda, mas cada nova aparição dela é tão forçada que cheguei nesse ponto. A conspiração de Actor 1 e Actress 1 pra tirar Costar da série indica que ele sairia no fim da temporada, mas sinceramente não acredito na saída de Dadá. Quanto a Artie, acho que é só questão de darem histórias boas e diferentes pra ele, porque Kevin Bee é talentoso e segura o rojão.
      Sobre Tina, tentei não reclamar porque já estava gastando a minha cota de chatice falando mal de Merda, mas sinto mesmo muita falta da nossa diva asiática!

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  3. Acho que a troca de Merda por Tina é a mais justa!

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  4. #fikdik de uma cotação em Sams, agora que Ryder morreu pra série.


    Achei o episódio chatérrimo, e me fez temer o que virá em seguida em New York. Começar com Downton não ajudou em nada, terminar com People menos ainda. Também odiei You Make Me Feel So Young e eu nem me lembro de "Don't Sleep in the Subway"!


    Raquel foi horrível nesse episódio, mas as tramas dos outros personagens até que não foram ruins. Por algum motivo não gostei no geral do plot de Klaine, apesar de ter ótimos momentos (a aula de mímica, a invasão do apartamento de Starchild, e o final, sem falar que adorei os ataques de pelanca de Kurt - me identifiquei).


    Já os plots de Sam e Artie não achei bem trabalhados, apesar de promissores... A meu ver se o negócio da Casa de Modelos durasse mais uns dois episódios, ou pelo menos mostrasse uma cena de algum modelo chapado de tantos medicamentos antes de Samzinho cair na real do que estava acontecendo seria mais engraçado. E acho louvável apresentarem as dificuldades de um cadeirante numa cidade como New York, mas não sei se foi a edição, ou se foram as músicas, ou se foi direção, whatever. #NãoCurti, mesmo tendo o momento mais memorável do episódio: um cadeirante sendo roubado por um aleijado #wtf.


    Quanto a Merda, sinceramente ela não fede nem cheira pra mim. Mas concordo que ficar enfiando ela na série desse jeito é forçar MUITO a barra. Porque não enfiar Tina sem desculpa nenhuma em New York? Porque não deixar que ela aparecesse lá DO NADA dizendo apenas que mudou de ideia e preferia o glamour da cidade grande - e ficar perto de Sam e Blaine - à faculdade?! Seria mais aceitável - porque é Tina, #TodosAmaTina, #4EverInOurHearts #VoltaTina #CadêVocêAssistoGleeSóPraTeVer #TinaDiva #AsianNumber1

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  5. Sério? Mercedes?A Camis bem que falou que isso aconteceria.Team Tina!!!

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  6. Já é a 10 vez que a série tenta fazer uma entrada triunfante de Merdacedes com todo mundo aplaudindo, "uhuuul", que surpresa, e tipo, não, não funciona. Matem essa personagem. Ninguem quer ver isso.

    Eu achei muito chato o ep. Ficou uns draminhas bestas, histórias insossas e pouco humor e comédia. Fora as músicas em sua maioria chatas.

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  7. Ai Leo, foi tão rápida e seca essa review, espero que na próxima mantenha o que você fazia que é MARAVILHOSO e amo demais. E mesmo com poucas palavras, definiu o que sentir em relação ao episódio. Sério, qual a necessidade de Samerda? (adorei esse nome também) Casal forçado, estoria forçada, tudo forçado.
    E ressalto algo que você deveria ter ressaltado, o quanto a minha querida Tina Cohen-Chang fez/faz falta nos episódios <3 quero ela em NY pra já u.u

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