The Strain 1x12: Last Rites
5.10.14
A medida que The Strain se aproxima do fim de sua primeira temporada, ela recupera cada vez mais suas qualidades iniciais. Se antes, mesmo que misturados com diálogos e cenas apenas funcionais, a série apresentava seus bons momentos, o meio se revelou arrastado, sugerindo que treze episódios para contar essa história seja um exagero. Agora, em seus derradeiros momentos antes da volta na próxima temporada, a série acelera o ritmo criando um capítulo dramático que deixa cliffhangers interessantes a serem resolvidos no season finale.
Um dos aspectos que apresenta maior evolução em Last Rites é o uso de flashbacks. Se antes eles surgiam deslocados, sem qualquer conexão evidente com presente, e com tramas insossas, agora o recurso é usado de uma maneira muito mais eficiente. Condensando em poucas cenas o cotidiano da vida conjugal de Setrakian e o fim desta, os flashbacks explicam perfeitamente a origem do ódio descontrolado que apossara o caçador de vampiros no fim do episódio passado.
O melhor momento desses flashbacks surge quando a esposa de Abraham retorna, já transformada. A série sempre aproveita as oportunidades para ressaltar como aquela praga corrompe suas vítimas, dessa vez mostrando o desejo de Setrakian por uma família deturpado na visão de sua mulher transformada trazendo com ela duas crianças também vampiras.
Não bastando estar cheia de detalhes que contém mais informações sobre o passado de Setrakian do que todas as cenas no campo de concentração combinadas, também é possível notar como a trama passada nos anos sessenta conecta com eventos do presente. Seja pela cenografia, ao representar o ninho dos vampiros de uma forma muito similar aquela vista em The Third Rail, ou tematicamente, já que ao mesmo tempo que vemos os traumas do passado do caçador, Nora vive o seu momento traumático no presente e Eph ainda lida com a transformação da esposa, fica claro que o passado não existe num vácuo, existindo um contexto para a apresentação daquela história nesse momento específico.
Diferente disso é a história de Gus. Até esse ponto da série seu propósito ainda é um mistério já que ele age sem nenhuma conexão com os outros personagens principais. Ele tem sempre pouco tempo em tela, e quando surge raramente tem algo de útil a fazer. Mesmo quando é através dele que descobrimos os planos do Mestre para espalhar sua praga pelo mundo, mesmo quando ele termina o episódio sendo sequestrado pelo misterioso grupo de caçadores de vampiros encapuzados, ele continua parecendo uma divagação tola.
O retorno de Dutch, e seu plano para informar as pessoas sobre o que realmente esta acontecendo, é a trama que dita o ritmo de Last Rites. Ela começa devagar, com os preparativos para a execução da ideia, tomando um rumo inesperado quando e possível ver que o Mestre realmente foi pego de surpresa pelo pronunciamento de Eph. A reação violenta comandada por Eichhorst intercalada as memórias de Setrakian e Nora tendo que aceitar o fato de que deverá matar sua mãe constituem um clímax excepcional.
Agora que o Eph e companhia foram expulsos da sua base, o futuro deles é incerto, mas promete se esse ritmo se mantiver, as surpresas serão emocionantes no season finale.
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