Primeiras Impressões: Touch

27.1.12


“Há um antigo mito chinês sobre o Fio Vermelho do Destino. Diz que os deuses prenderam um fio vermelho no tornozelo em cada um de nós e o conectou a todas as pessoas cujas vidas estamos destinados a tocar.”

(Jake Bohm)

Martin Bohm (Kiefer “Jack Bauer” Sutherland), viúvo, é o pai de Jake (David Mazouz), garoto autista que nunca disse uma palavra em seus 11 anos de vida e também se recusa a ter contato físico com quem quer que seja. Porém Jake é especial, mas não apenas “especial” como um eufemismo para sua síndrome, ele observa padrões matemáticos existentes na natureza e agora os utiliza para estabelecer conexões entre pessoas de diferentes lugares do mundo e se comunicar com o pai.

Mais uma vez Tim Kring (criador e produtor da série) investe em histórias em nível global, só que em Touch os personagens não-americanos têm seus desenvolvimentos limitados a apenas um episódio. Por mais desinteressantes que elas pareciam no começo, o desfecho e todas as correlações finais foram um tanto quanto bonitos.

De volta ao núcleo principal ainda temos Clea Hopkins (Gugu Mbatha-Raw – que diabo de nome é esse, minha filha?), a assistente social que foi acionada para investigar a competência de Martin na problemática tarefa que é criar Jake, mas que agora também vai ajudar na decodificação das mensagens do garoto. (Aposto vintão que mãe dela tem câncer ou algo parecido). E por fim, Arthur Teller (Danny Glover, em participação especial), a pessoa que diagnosticou Jake com essa capacidade especial de observação.

Touch possui boa premissa e bom piloto, mas tem o Tim Kring. Eu fui até onde poucos homens se atreveram a ir (do começo ao fim de Heroes) e testemunhei horrores escritos ou aprovados por esse sujeito. Horrores até mesmo geográficos. Portanto espero desde já ver outro eclipse que acontece no mundo inteiro ao mesmo tempo ou outro absurdo desse gênero. Fora os personagens que involuem e se tornam cada vez mais infantis com o passar dos anos. Toda essa história de caráter científico-fantástico embalada em filosofia oriental é um prato cheio para as trapalhadas de Kring.

O piloto foi liberado essa semana, mas a série só começa para valer no dia 19 de março. Não serei o responsável pelas reviews da série aqui no blog (a menos que alguém me ligue do Congo e diga que é isso o que eu tenho que fazer para evitar hecatombe nuclear no interior do Mato Grosso, claro), portanto desejo boa sorte para o futuro revisor, que a série continue no mínimo tão boa como foi apresentada e que o Sr. Kring viaje menos na maionese.

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4 comentários

  1. Gostei do pilot.

    P.S. Não gosto dos títulos das "reações" (crocante, etc). Acho que os adjetivos tradicionais (bom, ótimo, ruim, péssimo, etc) são mais delicados - os atuais são muito grosseiros. Por isso, nunca clico neles.

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  2. Muito boa sua review.

    Pena que não vai continuar. Preferia alguém crítico como você e que já tenha visto de perto o trem descarrilhado em rota de colisão chamado Heroes, porque a série tem todas as características de Heroes. Só espero que assim como Heroes tenha uma 1 temporada muito boa, mesmo que desande catastroficamente depois, e nesse caso eu tenho a sensação de que vai ser bem antes da temporada terminar.

    Gostei muito do sue penúltimo parágrafo, resumo bem o que penso da série e do Tim Kring. Essa filosofia oriental de buteco e esse clichê de tudo está conectado e a criança autista é capaz de desvendá-lo é um prato cheio mesmo pra Tim Kring fazer as trapalhadas dele.

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  3. Gostei da série, e sim, eu vi Heroes do começo ao fim.
    Eu espero mesmo que ela não seja semelhante a Heroes, pois ela teve uma primeira temporada ótima (Que mais parecia um fim), mas as outras pareciam não ter nexo, e também não tiveram tanta audiêcia.

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