The Good Wife 3x21: The Penalty Box

30.4.12


Julgando o juiz.


Repetidamente critiquei os casos mostrados em The Good Wife. Normalmente são pouco inspirados e desperdiçando tempo que poderia ser destinado a tramas muito mais interessantes. Dessa maneira, pela raridade de um bom caso da semana, é válido focar essa review no caso do juiz Richard Cuesta, que foi excelente.

Primeiro, por ser uma situação inusitada ver um juiz tendo que ser defendido. Não que seja algo impossível afinal juízes são tão passiveis de cometerem crimes e serem julgados como qualquer outra pessoa mas, se pensarmos em que pessoas poderíamos ver no banco dos réus em uma série de tv, um juiz não estaria perto do topo da lista.

Segundo, o juiz Cuesta revela uma opinião extremamente preconceituosa sobre advogados e sua flexibilidade moral, muito bem expressa pelo breve dialogo sobre a existência do inferno, mantido entre Daiane e o juiz. Esse ponto de vista é desafiador para o espectador já que, por mais distorcida que seja a verdade apresentada pelos advogados da Lockhart & Gardner, somos sempre conduzidos a ficar do lado deles, assumindo que independente do que façam, eles estão com a razão. Assim, quando surge um personagem como Cuesta, que questiona a manipulação da realidade feita por Diane na sua defesa, somos obrigados, caso ainda não tivéssemos feito isso, a questiona-las também. Mesmo que no fim das contas a trama não mude a opinião do espectador sobre essas atitudes, afinal os advogados estão ali para servirem seus clientes da melhor maneira possível e ‘cavar buracos no caso da promotoria’, apenas pensarmos a situação sob outro ponto de vista já é um exercício interessante o bastante.

A tramas desenvolvidas paralelamente também foram interessantes. A volta de Cary ao seu antigo emprego é mais um marco na evolução do personagem, que muito mudou desde daquele garoto ingênuo e ansioso para agradar os patrões da primeira temporada. A maneira como ele lidou com Will e com Peter, em duas situações complexas, mostram seu amadurecimento. O telefonema na ultima cena do episódio me deixou intrigado: por que dar tanta chamar tanto a atenção do telespectador para uma ligação de Peter?

Kalinda sendo investigada por Lana, embora tenha rendido duas boas cenas (Kalinda com Bishop e depois no apartamento de Lana) do episódio, é uma trama que não entendo. Onde os roteiristas querem chegar com ela? Estariam eles preparando o terreno para algum evento impactante envolvendo a investigadora? Ela esta sempre cercada por segredos - do que se trata exatamente a investigação da IRS? – e finalmente isso parece estar se tornando insustentável.

As rápidas cenas de Howard funcionaram como um alivio cômico, mas o interesse de Eli em construir uma relação com ele me parece forçado. Eli nunca pareceu ser alguém realmente interessado em assumir um lugar de poder dentro da Lockhart & Gardner (isso já foi dito explicitamente), assim a sua busca pela eliminação de Will da sociedade me parece despropositada, uma vez que seu real interesse é a candidatura de Peter. Seu comportamento se assemelha ao de uma criança, que deseja ter algo apenas por que lhe foi negado.

O próximo episódio é o season finale. Já da para dizer que, mesmo com alguns deslizes, essa foi a melhor temporada da série.

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1 comentários

  1. caramba, eu achei esse caso chatissimo.kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    faz uns 6 episodios que so dou nota 10 pra TGW, esse eu dei 8. ainda é a melhor serie da tv aberta, e espero tudo desse finale.

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