Mad Men 5x07: At The Codfish Ball

1.5.12


Fiquei com a mesma cara ao terminar de ver o episódio!

Como todos os grandes shows, Mad Men é complexa demais para ser destilada em uma única frase, pois não é sobre qualquer coisa em particular. Mas para o bem do argumento, digamos que você tivesse que escolher uma frase que descreve a essência, o núcleo, da série.

O que seria?

Fiquei pensando nisso, quando um conhecido me perguntara do que se tratava Mad Men e o mais próximo que pude chegar da ideia do que representa Mad Men é isto: Todas as coisas sempre mudam. A ideia de mudança é fundamental para compreender os temas do show.

Todos tiveram sua porção de mudança em “At The Codfish Ball”, que apesar não ter sido um episódio espetacular como foi o seu antecessor, foi um episódio que explorou um pouco de cada um sem se preocupar com história ou uma evolução significativa em qualquer plot da temporada, in my opinion.

E como falar em mudança sem que Peggy fosse ressaltada, pois ela que representa a maior mudança em toda a história de Mad Men, primeiramente por ser independente e depois por estar inserida em uma esfera de trabalho extremamente machista e preconceituosa. E para completar agora ela vai morar junto com seu namorado antes de casar, o que para a época era inaceitável para uma mulher de respeite, seja lá o que isso for.

A reação que a mãe de Peggy não foi nada repreensível, já que apenas quis o melhor para a garota, até mesmo Peggy sentiu-se diminuída com a situação e deu para ver em seu olhar o desapontamento quando Abe disse o que ele queria.

E com isso não posso deixar de engrandecer a interpretação magnífica de Elisabeth Moss. 


Já Sally teve a sua transformação na inocência, pois ela está crescendo, mas, talvez, tenha sido muito rápida tendo em vista que a garota a poucos estava assustada com um assassino a solta e agora já atende a festa de adultos o que pode ter sido precipitado por parte de Don, não que ele tinha como antecipar que a garota ia acabar vendo àquela cena de Roger e da mãe de Megan.

E se não fosse por Megan, Don teria perdido mais um contrato com a empresa dos feijões e, curiosamente ela o deixou levar todo o crédito da ideia para a campanha, uma verdadeira sacada de mestre.

Mas quem realmente merece o crédito da jogado e a esposa do empresário que acabou entregando o jogo antes da hora, e Megan que se mostrou nada boba apenas se utilizou da jogada para mostrar sua última carta e foi simplesmente perfeito, ainda mais que o que o empresário do feijão mais queria desde o começo era uma ideia vinda de Don, o grande vencedor do prêmio da Sociedade Americana do Câncer.

O interessante foi notar que mesmo durante o evento o que mais se via eram pessoas fumando, mais ironia para quê?

Em resumo o episódio não foi um dos melhores, mas teve sim seus méritos.

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1 comentários

  1. O que eu mais gosto de Mad Men são as sutilezas. A forma como é conduzida a estória mesmo que certas ações não nos saltem aos olhos. Esse episódio não foi diferente, o mundo "perfeito" de Don Draper está ruindo, mesmo que ele ainda não se dê conta disso. As mentiras da filha, a relação "Mundo das Maravilhas" com Megan, as desconfianças dos sócios. A reação de Don ao descobrir pelo editor que as pessoas que estavam ali, numa hora aplaudindo-o, não fazem questão de trabalhar com ele pois não gostam dele foi incrível. Não foi tão bom quanto o episódio anterior mas mesmo assim está valendo.

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