Dexter 8x02: Every Silver Lining...

11.7.13

Made by Dr. Frankenstein.
Para aqueles que acharam que a Dra. Vogel seria uma pedra no sapato de Dexter ao estilo Doakes e LaGuerta, Every Silver Lining não demorou a esclarecer que a titia com cara de sogra cadáver pode até ser uma pedra no sapato do protagonista, mas não como as que ele já encarou. O episódio também adiantou o gosto da inevitável Series Finale, trazendo uma espécie de fechamento: a explicação do porquê de Dex ser o psicopata assassino em série diferenciado que é (por diferenciado, entendam relativamente empático e seguidor de um código de conduta).

A questão é que a Dra. Vogel foi uma brisa enorme para explicar quem ou o que é Dexter Morgan. Por oito temporadas achávamos que Harry tinha adaptado o transtorno do filho adotivo sozinho, apenas por ser policial. Pouco se falava na mãe adotiva e mesmo Laura Moser teve breves momentos de importância. De repente, arranjaram a mamãe espiritual mais louca que o Batman, que se diz autora do código de Harry e responsável por guiar Dexter para o caminho da perfeição. É, pois para a psiquiatra, “sua cria” é o perfeito dentre os psicopatas. E Vogel não entrou no enredo só para isso. Nessa última temporada (e não canso de dizer que é a última, tentando me/nos fazer aceitar o fato), o assassino a ser caçado pelo analista de sangue é um provável ex-paciente da doutora, que inclusive a está ameaçando. A Dra. Evelyn não quer morrer e, por isso, incumbiu o “filhote” de encontrar o ladrão de córtex insular anterior antes que o dela acabe sendo arrancado. E não só de encontra-lo, claro. A adorável psiquiatra quer que Dex faça o inimaginável – mate o assassino em série.

Essa explicação toda foi lançada em doses cavalares logo no início do capítulo. Dexter relutou, mas acabou assistindo os vídeos das consultas de Harry à médica, debateu com a consciência em forma de papai e acabou se rendendo aos apelos da velhota. Como o Harry imaginário sugeriu: se não pode com o inimigo, junte-se a ele. Ou, no caso, mantenha os amigos perto e os inimigos mais ainda. Ou algum outro provérbio nesse sentido. 

Resumo da história: inserir a personagem na história para explicar as origens do Dexter assassino foi bem coisa de ficção, mas... já que trata-se mesmo de ficção, até dá para engolir como uma teoria plausível. Além disso, foi um passo interessante para levar à conclusão da saga do rapaz Morgan.

Não concluímos aí, porém. Every Silver Lining também trouxe mais uma chuva de momentos sensacionais de Debra. A irmã de Dex está despencando em velocidade máxima, sem que se saiba aonde isso vai dar. Apesar da morte de Briggs, o caso que ela investigava não estava concluído sem o resgate das joias e Deb fez questão de cumprir a parada com profissionalismo. O problema é que El Sapo estava à solta e querendo a mercadoria também. O resultado foi uma treta daquelas, em que Debra apanhou feio do contrabandista e, descontrolada como está, acabou dando cabo do bandido. Providencialmente (no melhor estilo séries policiais norte-americanas), a investigação da morte foi conduzida pela Miami Metro – mais especificamente pela equipe subordinada ao Batista – e Dexter fez o favor de acobertar a culpa da maninha. De policial correta a duplo-homicida, Debra não está fazendo a menor questão de reatar laços com o irmão, que conseguiu fazê-la descer ao fundo do poço. Cada cena atuada pela moça é um ponto alto do episódio. 

Para balancear tanta tensão, as cenas ridículas e indispensáveis de Masuka e o drama que Quinn está enfrentando no ano final da série são boas pedidas. Jamie que se cuide, pois a despeito dos esforços de Batista em tornar o colega de profissão, subordinado e aspirante a cunhado em uma pessoa melhor, Quinn não parece muito disposto e, pior, ainda arrasta um caminhão por Debra. Love is in the air, ainda vejo a possibilidade dele e a pobre Morgan reatarem. Será?

Já o desfecho do capítulo veio com a complicação do caso principal da temporada. Evelyn e Dexter achavam que haviam chegado ao assassino, mas o misterioso ladrão do córtex continua à solta. A Dra. Frankenstein está um passo mais próxima da morte.

E cadê Hannah McKay pra apimentar ainda mais essa história? Bem, aguardemos o avanço da contagem regressiva, que está dando cada vez mais agonia!

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6 comentários

  1. Esse episódio veio para nos mostrar mais informações. Todos nós sabemos como as "amizades" de Dexter não é uma boa influência, e penso que essa Drª Vogel não é a boazinha que parece. E Debra está cada vez mais no fundo do poço. A cena dela e do Dexter no bequinho, tanto nessa temporada quanto na anterior, foi ótima.

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  2. Episódio muito ruim. É notória a preguiça dos roteiristas pra trabalhar direito: Dexter, que sempre foi muito inteligente e sempre esteve um passo a frente de todo o resto, virou um burro bundão. Debra realmente sofreu um trauma muito grande e faz sentido ela estar onde está, mas foi trabalhado de uma maneira tão porca que não é verossímil. Da Vogel eu fico até triste, ela era a única coisa interessante do primeiro episódio e mataram no segundo por trabalharem ela exatamente como trabalharam outros "amigos" do dexter (meu maior medo é que seja exatamente a mesma coisa, com o Dexter tendo que matar ela. Ou ela sendo o serial killer). Chato.

    E os coadjuvantes: Porra, se for pra dar cenas pra eles, escrevam alguma coisa. Ninguém tá nem aí pro drama Quinn/Batista/Irmã.

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  3. Gostei da análise, Luan. A meu ver, a performance do Dexter vem decaindo há bastante tempo, a mudança na forma de ser dele foi tão radical que haja esforço para engolir. A Deb, por outro lado, tem ganhado cada vez mais minha simpatia (menina Carpenter me surpreendendo muito a cada episódio). Já a Vogel não agradou, mas, concordo... espero que ela não venha a ser como os demais, pq seria um porre tremendo!
    Estou tentando manter as esperanças e o otimismo. Vejamos o que o episódio de hoje reserva...
    Abraços!

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  4. Vogel não me convenceu em momento algum. Quero ver no que isso vai dar e espero que não seja em decepção. Obrigada pelo comentário ;)

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  5. Concordo sobre a Carpenter! Mesmo com as minhas críticas, a Debra continua sendo a personagem com quem mais simpatizo, tudo graças a atriz.

    E mesmo Dexter não me agradando desde a ótima quarta temporada, tentarei manter o otimismo também, hahaha. :)

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  6. Cada vez mais ela quer entrar na mente de Dexter, começar a implantar ideias nele. Está me cheirando estranho. Ainda ela fala que faz tratamentos que não são éticos com os pacientes.

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