Dracula 1x01: The Blood Is The Life

2.11.13


Dracula apresenta em seu primeiro episódio idéias interessantes que poderiam criar uma excelente trama. Ao invés disso, a possibilidade de construir algo diferente é trocada pela superficialidade de intrigas corporativas, amores sofridos e vigança.

"Hora de explicar detalhadamente por que odeio essas pessoas"
Muito desse episódio mais se assemelha a uma palestra onde Dracula - ou Alexander Grayson, como ele se apresenta para a sociedade - explica detalhadamente para o publico suas motivações, em dialogos torturantes onde ele conversa com outros que certamente já sabem por que ele faz o que faz. A cena das fotos no chão ou aquela onde conversa com seu aliado no fim de The Blood Is The Life são exemplos claros disso.

Não há espaço para o mistério, para a construção de uma antecipação por eventos futuros. Em um momento vemos os convidados da festa promovida por Grayson em sua mansão comentando sua curiosidade quanto a identidade do seu anfitrião, mas o espectador jamais se pergunta quem ele é, já sabemos pois o vimos se preparando para seu aparecimento na festa, e por isso mesmo sua introdução não possui peso algum, se resumindo a um rápido discurso vazio. Ele é uma figura misteriosa, mais isso não é percebido, apenas comentado.

Até quando tenta usar algo além dos diálogos expositivos, a série é óbvia. Quando há uma sequencia intercalando as conversas de Mina e Jonathan com seus respectivos amigos, ressaltando o já escancarado interesse de Drácula pela médica e misturando as falas de conversas distintas para que o triangulo amoroso fique ainda mais claro - quase cai da cadeira no corte onde o amigo de Jonathan sugere que Mina pode trocá-lo por outro e logo em seguida vemos pronunciar o nome de Drácula.
Um pouco de Sci-Fi, a única coisa realmente boa desse episódio

Os cenários, a reconstrução da época, variam entre o aceitável e True Blood - a comparação em nada se deve aos vampiros em ambas as séries, mas sim ao fato da série da HBO ser aquela a ser batida nos quesitos “cenários baratos” e “efeitos ruins” - e as atuações, indignas de nota, nada de bom sobressai ao resto. A ideia de misturar um pouco de ciência a trama é interessante, mas seria muito melhor se Alexander fosse o criador daquela tecnologia, aproveitando uma peça essencial da sua vingança para também construir a ideia de uma inteligencia e conhecimento dignos de um ser que vive há vários séculos, mostrando que ele realmente trabalha por sua vingança, que não é apenas um vampiro rico usando seu dinheiro e poderes para destruir seus inimigos.

Se o que foi apresentado no piloto é o que a série pretende mostrar durante toda sua existência, ela não seria uma estranha na grade de programação da CW.

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2 comentários

  1. Ainda tenho muita fé na série. É certo que as coisas estão complicando mais do que se resolvendo, e que isso pode se tornar uma bola de neve que resulte em um desfecho bem babaca para estas tramas e subtramas tão mirabolantes. Mas, ainda tenho fé.

    Também achei bem brochante o inicio deste episódio, e é impressionante como a Lizzy consegue ser tão estupidamente crédula. "Oh meu deus, meu marido é um assassino!" vai correndo pro colo do Red. "Oh meu deus Reddington além de bandido, assassino, vigarista, manipulador, safado, e sem vergonha. Me traiu!" corre pros braços do Tom. Preferiria que ela fosse uma personagem mais inteligente, que desconfiasse mais de toda esta situação surreal na qual se encontra. Não acho tão acertado fazer com que ela se foque tanto na questão do Tom e se esqueça de investigar e questionar do porquê Reddington ser é tão obcecado por ela.
    Torço para que no próximo episódio surjam respostas. Pelo menos uma.

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  2. Gostei da participação de Margarita Levieva nesse episódio.

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