Drop Dead Diva 6x13: It Had To Be You (Series Finale)

27.6.14

Tinha que ser você.

Com uma temporada que prometia finalmente unir o casal principal, Drop Dead Diva retornou para seu último ano com o objetivo de encerrar todas as histórias. Sem intenção de se despedir ou agradar todos os fãs com personagens antigos que não aparecem há muito tempo, ou sem gerar mais empecilhos para Jane e Grayson. Em vez disso, os roteiristas decidiram que o importante não são os personagens em si, mas o que eles aprenderam e o que nós, espectadores, aprendemos com eles. Não havia necessidade de matar Grayson, realmente não havia. Mas o sentido de existir da série estava ali. Se apaixonar pela alma de alguém, não por sua aparência, ou seus jeitos, sua vida, sua história. 

E foi assim mesmo com apenas quarenta minutos que os casos não ficaram de fora. A essa altura deveríamos estar acostumados, mas aparentemente a série não funciona sem isso, o que é uma pena já que a parte que mais importa sempre esteve na vida pessoal e no desenvolvimento dos personagens. Talvez por isso a escolha do primeiro caso, por exemplo, tenha sido com o interesse amoroso de Kim, Dave Burton, que por acreditar no Pé-Grande acabou sendo demitido da empresa de temporários em que trabalha. Tentar beijar Dave acaba fazendo com que Kim se aconselhe com Owen, após ser rejeitada. No tribunal, ela acaba perdendo o caso, mas seu apelo emocional ganha o coração de Dave, que certamente estava receoso pelo modo superficial e preocupado no qual Kim vivia. Quanto a personagem, seu crescimento durante esses anos precisava ser evidenciado. Entre romances no escritório com Grayson e com Parker, sua vida lidando com a família e a gravidez e abandono, a jornada de Kim trouxe o pequeno Noah e certamente uma lição que ela não esquecerá. A saída de Parker foi algo contratual e acabou se encaixando bem para contribuir com o amadurecimento de Kim, e esse caso finalmente permitiu o fechamento do ciclo.

Fora da firma, Jane agora trabalha em casa e com a assistência de Ian e com os clientes que Paul encaminha sorrateiramente da Harrison & Parker. Dessa vez eles defendem Deena e Adam, que trabalham para os Defensores do Mar, uma ONG semelhante ao Greenpeace. Com um navio que impediu o abate de um grupo de baleias, agora os Defensores do Mar estão sendo processados pela Corporação Okata, dona da frota que foi impedida. Se dispondo a ajudar o casal, e a ONG, Jane não muito depois descobre que Owen está representando a Corporação Okata. Com o desenrolar das coisas, Deena acaba assumindo total responsabilidade pelo ocorrido e acaba sendo extradita para o Japão. Revoltada com Owen, por defender uma corporação daquelas, Jane chega ao seu limite com Owen, mas tudo se acerta quando ele anonimamente manda uma fatura passada de seu cliente que prova a venda acima do limite máximo, violando assim a lei, permitindo a Jane apelar para um ato político e assim resolver a situação de sua cliente.

Stacy passou o episódio tentando convencer Owen a relevar a situação considerando que sua melhor amiga seria sua dama no casamento. Criando esquemas com Paul para Jane e Owen voltarem a se dar bem, ao menos para o casamento, sua última cena foi logo após dar luz aos gêmeos (que não tivemos a oportunidade de conhecer). Sua história sofreu muitos altos e baixos, mas certamente a saída de Fred da série foi fator determinante para o rumo da personagem. Ainda dando assistência aqui e ali para Jane, ela até ganhou um novo romance, intencionalmente vindo do ex de sua melhor amiga, algo que gerou bastante revolta, mas no fim permitiu que Stacy se acomodasse e pudesse viver a sua vida, agora como mãe.

Para não deixar o episódio sem nenhuma dinâmica por fora dos casos, Teri retorna apenas para reconhecer Ian como o homem que quase estragou sou carreira. Não mais sendo o Ian de sempre, Ian/Grayson logo tenta acertar a situação com Teri, por Jane. Nada tão forte ou interessante, apenas uma pena já que Teri realmente poderia ter sido a próxima Beyoncé. Não é surpresa quando ela decide estender sua licença para dar continuidade a sua carreira musical.

Quanto a Jane e Ian, a recém descoberta habilidade em tocar piano de Ian acabou sendo a perfeita desculpa para a cena final. Não tivemos a oportunidade de ver a relação dos dois sendo desenvolvida, mas o modo como foi colocado, a aceitação, o amor que os dois sentiam um pelo outro, mesmo em corpos diferentes, foi o importante. Sem muitas enrolações, e ao som do piano, a série se despede dessa maneira, com um final verdadeiramente feliz. Em paz, tranquilo e com todo um futuro promissor pela frente.


PS:

- Nem todos os plot tiveram um final “tradicional”, mas a temporada claramente não queria se despedir dos personagens como Bobbi, os juízes ou mesmo a própria Brittney/Jane, que provavelmente deve estar vivendo sua vida longe dali.

- Uma pena que mesmo em duas temporadas Paul não tenha ganhado uma história própria, mas com certeza foi um personagem secundário que acrescentou bastante leveza e humor à série. Fica a pergunta do que poderia acontecer com ele agora que Jane claramente não precisa mais de um anjo da guarda, mas acredito que tenha sido mais uma despedida que eles não queria pôr na série.

- Pra quem ainda tem esperança de uma nova temporada, assim como criador, os plots foram bem fechados e a história foi contada. Há espaço para mais aventuras de Jane, sim, há. Mas no momento o que importa é nos despedirmos dessa série que nos emocionou por tanto tempo e finalmente completou seu ciclo.
- Pra quem perdeu, aqui está o especial de 5 anos da série relembrando os melhores momentos.
- Obrigado a todos que acompanharam as reviews aqui no site, foi ótimo poder compartilhar minhas opiniões e pensamentos com vocês. Até a próxima.

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2 comentários

  1. Realmente não teve cara de Series Finale, mas o episódio fechou todas as histórias e isso é suficiente... Sem choros nem despedidas excessivamente melodrámaticas, DDD vai deixar saudades pra quem gosta de uma série leve e sem apelação.

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