Hawaii Five-0 3x24 (Season Finale): Aloha. Malama Pono

2.6.13


Despedidas de todos os tipos em uma season finale bombástica e que fez chorar.

A terceira temporada de H50 não foi a melhor de todas. Teve seus momentos bons, em episódios como Kanalua, I kawa mamua, Olelo ho’opa i make e Hana i wa ‘ia, Hookman, Olelo pa’a e Imi loko ka ‘uhane, mas teve muitas coisas que deixaram a desejar. Me parece que a série era melhor quando Doris McGarrett “estava morta” (e quando Catherine Rollins não era tão presente, mas isso é outra história). Em vários capítulos ao longo do terceiro ano da série, as histórias individuais do time foram trabalhadas de forma tão individual que o sabor interessante do que é a Five-0 Task Force se perdeu. Para não falar da trama central que começou a deixar uma interrogação no ar.

Mas, por incrível que pareça, a season finale veio compensar e amarrar algumas pontas soltas deixadas ao longo do caminho. Se há um ponto negativo a ser mencionado sobre o 3x24, foi o fato de trabalharem dois casos em um episódio, quando poderiam ter aprofundado em um deles. Porém, justificável, já que a temporada teve desfecho duplo.

Começando pelo começo, que faz mais sentido... uma marca da temporada foi fazer lances do tipo “nem tudo é o que parece”. Aloha. Malama Pono teve início dando a entender que Steve, Danny e Kono estavam em mais uma perseguição policial corriqueira. Exceto que, na verdade, eles eram os caçados da vez. Ou melhor, Kono. E a primeira missão era provar que Kalakaua não tinha culpa no cartório em um assassinato cometido pelo querido cunhado, Michael Noshimuri. Lembram quando Mike pegou a arma da jovem detetive, enquanto ela e Adam dormiam? Então. A intenção era matar dois coelhos numa cajadada só.

Com a descoberta de Adam, no episódio anterior, de que Kono havia grampeado o celular dele, podia jurar que ela estava ferrada e os dois irmãos fariam de tudo para que ela fosse presa. Surpresa ao ver que Kono buscou refúgio justamente na casa de Adam e que, apesar da desconfiança de ambos, acabaram ficando juntos – e desde então, o japa já estava demonstrando muito sentimento pela diva. 

Enquanto isso, corria a investigação do caso da semana (?), após os rapazes da força tarefa terem sido chamados para uma cena de crime sangrenta – um avião em que piloto e alguns passageiros haviam sido brutalmente assassinados, enquanto um terrorista estava a solta na ilha. Tudo poderia ter ficado girando em torno da questão Kono/Noshimuris, mas o caso do tal terrorista foi a chave para trazer ao fechamento da temporada um personagem indispensável na finale: Wo Fat. Quem saberia melhor onde localizar um terrorista? McGarrett foi ao presídio de segurança máxima arrancar a informação de seu arqui-inimigo e assim, tivemos a visão das sequelas causadas no 3x21. Wo Fat está um verdadeiro vilão de histórias de super-heróis, todo deformado e trancafiado a sete chaves. E a aparição não era só para lembrar que o rival existe, mas para despertar a pergunta que retomaria a trama central: qual a relação de Doris e Wo Fat? Sim, pois, na visita, Steve descobriu que mamãe já passara por lá para ver o suposto inimigo.

A busca por Rafael Salgado (Michael Irby) seguiu então como caso principal, enquanto o casal Adam/Kono tentava conseguir a prova que condenaria Michael e inocentaria Kono. Isso incluiu cenas interessantes com a aparição do bad boy divinamente interpretado por Daniel Henney e o envolvimento do pobre Charlie na história. Ah! Tadinho do Charlie! Não bastasse ver a amada em perigo – e sendo protegida oficialmente pelo namorado Yakuza ou não Yakuza -, Fong ainda acabou se dando mal ao tentar ajudar. É, Mike não é burro nem nada e chegou antes para recuperar as luvas que o incriminariam – e que estavam sendo analisadas por Charlie. Será que o especialista sobreviverá para a próxima temporada?

Se essa resposta ficou pendente, não foi a única. Steve arrumou tempo para questionar Doris sobre a visita a Wo Fat e jogou umas boas verdades na cara da mamãe, a quem chamou pelo nome para mostrar que a porra tava séria. Mas, a resposta não veio, porque Salgado resolveu aparecer nos radares nesse momento. Era hora de mais uma perseguição.

O terrorista foi capturado facilmente, só que o problema não estava resolvido aí: um ataque na Califórnia estava sendo planejado (saudades crossover com NCIS LA) e a vida do filho de Rafael, bem como de várias pessoas na Califórnia estava em jogo. 

Não dava tempo de fazer um caso mega elaborado, então a questão foi resolvida simples e rapidamente: o filho de Salgado foi resgatado, Rafael levou tiro durante a operação e ficou à beira da morte. O problema: o povo da Califórnia continuava em risco. De maneira bem infame, e típica da série, o terrorista cumpriu a promessa e sussurrou para Steve, no leito da morte, o alvo do ataque. É, bandidos em Hawaii Five-0 têm escrúpulos e amor no coração.

Todos foram salvos, menos Michael Noshimuri, que queria acabar com a raça de Kono e assumir o posto de Hiro no lugar do irmão. Resultado: os brothers saíram na porrada e Adam levou a melhor (ou não), matando Mike. Só emoções daí em diante. 

Numa sucessão de eventos, Adam se tocou do que fizera, o ataque à Califórnia foi impedido, o filho de Salgado foi entregue à mãe. E então, um dos personagens que mais me comoveu na finale deu as caras: Chin Ho Kelly. Lembram-se de quando ele era contra o relacionamento da prima com o herdeiro Yakuza? Pois é. Chin Ho surpreendeu dando apoio moral a um Adam que chorava sobre o corpo do irmão e foi além. 

Sim, a cena seguinte era a despedida. Adam não sobreviveria na ilha quando descobrissem o que fizera ao irmão. Os inimigos viriam a todo vapor. Por isso, Doris arranjou para que o rapaz desaparecesse, e todos estavam lá para dar apoio: Steve, Danny, Cath, Chin Ho e Kono. Então, a bomba: Kono disse que partiria com Adam. Steve quem tentou impedir e Chin Ho quem apoiou a ideia. Nesse momento, lágrimas rolaram. E não pararam, especialmente quando os primos se despediram.
 
Doris acompanhou o casal e a pergunta sobre Wo Fat continuava no ar. Mas quem se importava, né? Chin Ho mandava bem novamente, ligando ~enfim~ para Leilani e se mostrando disposto a recomeçar. Um beijo para Daniel Dae Kim, que soube mostrar a evolução de seu personagem de uma maneira bela.

Mas não, o final não seria só drama e emoção. O cliffhanger sensacional veio com outra visita de Steve a Wo Fat, a pedido deste. A pergunta feita a Doris poderia ter sido respondida, mas alguém tentava eliminar o vilão. Assim, veio a questão que ficou para a quarta temporada: “quem são eles?”.

E que atire a primeira pedra quem não está desesperado para saber as respostas.


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5 comentários

  1. Elaine, ótima review. Chorei muito com a despedida da diva Kono.
    Na versão original, o Kono, sai da série. Será que ela vai sair tb? Espero que não.
    Concordo com tudo que vc falou.
    Estou esperando pela fall season pois estou super curiosa.
    até setembro.

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  2. Preciso tomar vergonha na cara e assistir a série original! E concordo: espero que a Kono não saia, é uma das minhas personagens favoritas.
    Obrigada pelo comentário, muito bom saber que não fui a única que ficou em prantos com o final do episódio rsrs
    Até a fall, que venha logo!

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  3. Ela tem uma química danada com o Adam.Muito lindos.

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  4. tem algo gay nesse seriado? sem preconceitos...a pergunta é pq quero assistir com td a família,e já li algumas piadas acerca da dupla principal,steve e danno, e preferiria q n houvesse cenas constrangedoras p/ ninguém...grato desde já

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  5. Oi Zidane! Pode assistir sem medo, a questão Steve/Danno é muito subliminar. Os produtores gostam de brincar com nós shippers, fazendo a relação dos dois parecer a de marido e mulher (cheia de discussões de relação e etc), mas nada oficial, tanto que os dois têm namoradas. Esses lances são engraçados, mas nada que vá causar desconforto familiar. Tente o piloto, de cara você vai perceber qual é a atmosfera entre eles.

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